Parque Florestal de Monsanto
Arlindo CamachoParque Florestal de Monsanto
Arlindo Camacho

Dez sinais de que a Primavera está a chegar a Lisboa

Espirra mais do que o costume, mas já não é dos vírus do Inverno? Prepare-se para a Primavera e reconheça os seus primeiros sinais na cidade.

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Dias mais longos, vontade de laurear a pevide, frutas e legumes novos no cardápio e anti-histamínicos na prateleira. A chegada da Primavera também acontece na cidade e os sinais são visíveis – apesar de haver muito cimento e asfalto à nossa volta, não estamos assim tão apartados da natureza. Com a nova estação mudam os tópicos de conversa, os outfits, o que comemos e bebemos, os programas culturais e até os planos dos amigos. Estamos fartos de casa e de procurar o quentinho, pelo que esta é a grande rentrée das esplanadas, dos jardins, das happy hours e dos ginásios. Eis dez sinais da presença da estação das andorinhas. 

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10 sinais da Primavera em Lisboa

1. As alergias são o tema número um nos elevadores

Algumas pessoas sofrem a valer com o sexo das plantas. E não são os púdicos da botânica, mas sim os alérgicos ao pólen. Assim que começa a Primavera em Lisboa eles parecem canalizar todos os espirros nesta altura. Elevam-se as rinites, sinusites e outras alergites que deixam os olhos vermelhos e a cabeça a latejar. E é nos elevadores que estas pessoas encontram o seu confessionário urbano, sem olhar a credos. "Então, esses olhos inchados são da noite passada ou estás com uma grande carga de rinite?", pergunta, normalmente, o padre.

2. As árvores explodem e parece sempre a primeira vez

O que parece acontecer todos os anos é isto: uma noite, vai-se para a cama com as árvores tristes, quais galhos secos sem coisas para dizer; ao outro dia, de manhã, acorda-se e há flores e folhas por todo o lado. Vai dizer: ah, mas a laranjeiras são só no início de Abril, o jasmim lá para o 25, com os cravos, e os jacarandás só em Maio. Mas é melhor olhar duas vezes, porque isso era dantes. Com o aquecimento global, tudo se adiantou, e se já há nêsperas maduras nos quintais mais solarengos no fim de Fevereiro, também as laranjeiras de Lisboa começam a ficar em flor logo no início de Março. Se é tema de conversa? Talvez seja mais tema de alegria (e alergia, claro).

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3. As esplanadas aparecem como cogumelos

Na verdade, há muito mais esplanadas a surgir à superfície de Lisboa do que cogumelos. Deve haver alguma coisa na composição das cadeiras de metal e dos chapéus de Sol que os faz aparecer espontaneamente na calçada portuguesa depois do equinócio (ou mesmo antes). Também as palavras "rooftop" e "terraço" regressa ao léxico urbano, como se ninguém as tivesse esquecido durante o Inverno. Quer conferir aqui quais os melhores?

4. Os cestos de piquenique quase rebentam

Seja na praia ou nos parques e jardins de Lisboa, é vê-los chegar. Vêm armados com rissóis, croquetes, bolos, suminhos, garrafas de vinho, cervejas e arcas para não deixar a coisa arrefecer. E seguem a moda das cestas e toalhas mais in da colecção Primavera-Verão. Sim, sim: também é a altura em que as festas de aniversário dos mais novos deixam de ser em casas de insufláveis e passam para os relvados gratuitos da cidade. Por isso, bandeirinhas e balões entre o arvoredo também são claros sinais de Primavera.

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5. O português torna-se a sexta língua mais falada na Baixa

Começa também a altura preferida das pessoas que adoram dar indicações a turistas. Os hotéis sabem-no bem, dizem sempre que Janeiro e Fevereiro são, claramente, a sua época baixa. O que quer dizer que Março rima com explosão. Se até agora conseguia ir à Brasileira ou à Bénard e nem era assim tão estranho pedir uma bica em português, tudo muda de figura com o regresso das andorinhas e com estas migrações extremamente curtas de gente de chapéu e protector solar que cruza a cidade.

6. Ganhamos uma hora – a happy hour

Os dias esticam-se e quando damos conta são 18h30 e ainda há uma réstia de claridade. Este é um dos grandes signficados de happy hour, mas há mais! Fim de tarde é sinónimo de bebidas mais baratas em vários locais da cidade. O horário vai mudando e os preços também. Caso para andar sempre a marcar os melhores spots na agenda e no mapa.

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7. Os ginásios enchem...

Já não há vagas? Se tivesse percebido mais cedo que já estávamos a trabalhar para o músculo... A Primavera é também época de ginásio, até porque a vontade de consumir calorias aumenta e é preciso equilibrar isso.

8. E declara-se aberta a época do exercício ao ar livre...

Os ginásios estão à pinha? Muito bem. Os trilhos urbanos também. Seja em Monsanto, no Jardim da Estrela, na Bela Vista ou na margem do Tejo, vai ver muita gente a correr, a fazer abdominais e a treinar os bíceps que nem loucos. Já se sabe que é preciso tirar os excessos antes de começar a ir à praia, mas é que correr ao ar livre também ajuda a bronzear.

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9. ...mas as gelatarias são muitas vezes mais fortes

E nós, que remédio, lá temos de ir provar os novos sabores, experimentar as combinações estranhas e certificarmo-nos de que o nosso gelado de morango preferido ainda existe e não foi simplesmente substituído por um sabor novo de framboesa com bacalhau.

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10. As festas prolongam-se

Tudo bem que o Inverno, para se aguentar, cobre-se de excessos. Mas com a chegada da nova estação, há mais energia, ânimo e os dias ficam mais longos, o que quer dizer que se começa cedinho nas esplanadas e, quando se dá por ela, já estamos com um andamento de quem só vai chegar a casa pelas nove da manhã. A boa notícia é de que o dia seguinte não vai ser gélido, cinzento e escuro. Se acordar às duas da tarde, está tudo certo: ainda há umas quatro horinhas para viver o dia.

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Primavera na cidade

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Em Lisboa há parques para todos os gostos e nós escolhemos os melhores para brincar com os miúdos, ler um livro ou fazer um piquenique, independentemente da altura do ano. Afinal todos os dias são bons para uma pausa num destes parques e jardins de Lisboa. Do jardim da Estrela ao pulmão verde de Lisboa – falamos do Monsanto, pois claro –, espaços verdes não faltam na cidade. Com parques infantis, espaços para praticar desporto e correr ou simplesmente para se deixar estar.

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Jarros, malmequeres, peónias, rosas, frésias, girassóis, narcisos e tulipas. A lista continua, até porque as melhores floristas em Lisboa são especialistas em juntar estas e outras flores e em fazer os ramos mais originais da cidade, prontos para irem parar a jarra mais catita lá de casa. Das flores aos complementos, dos arranjos mais tradicionais aos avant-garde, das coroas às pulseiras de flores, descubra os recantos mais floridos de Lisboa e surpreenda alguém com um flores, mas também com outros presentes. 

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