Para percorrer connosco os corredores da ala mais sexy do hipermercado, chamámos a crítica de vinhos Valéria Zeferino (46 anos, é a russa que mais percebe de vinho português. Faz crítica de vinho para a revista Grandes Escolhas e é “wine educator”, servindo realidade por este país fora. Esmera-se na salada russa, que afirma não se chamar assim) e o especialista em gastronomia Fernando Melo (54 anos, um entusiástico dissertador de gastronomia. Colabora com a Grandes Escolhas, Evasões, JN e DN. Podem encontrá-lo nos sítios mais improváveis a comer as coisas mais estranhas). Pegue no cesto, vamos às compras.
Vivemos num país afirmativamente vinhateiro, com cerca de 285 castas autóctones, ou seja, 285 uvas que nasceram neste pedaço de terra com apenas 218 km de largura e 561 de comprimento, e nas nossas ilhas. Uma área pequena, onde fizemos caber 14 regiões vitivinícolas, tal é a diversidade do clima e do solo português. O que não valorizamos, por vezes, é que também por isso nos chegam às mãos vinhos óptimos a preços bastante acessíveis, muitos à venda por menos de cinco euros nos super ou hipermercados. Resta saber quais, porque nem todos têm esta excelente relação qualidade/preço. Aqueles aqui apresentados têm várias coisas em comum: são todos boas escolhas, fáceis de encontrar, e prometem não desiludir, quer seja numa mesa de amigos ou num momento a dois (ou até mesmo para beber sozinho).