feira da luz
©Gonçalo Ferreira
©Gonçalo Ferreira

Feira da Luz: todos os caminhos vão dar a Carnide

Setembro está para o Largo da Luz como o pão para a manteiga. Dos concertos às bancas, vamos convencê-lo a ir à feira

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Há quem só pare em Carnide quando a Feira da Luz se instala no Jardim com o mesmo nome. Os números dão grandeza à coisa – são mais de 25 mil metros quadrados que albergam mais de 100 feirantes ao longo de 30 dias, coisa que se repete há mais de 500 anos. A feira sempre foi um complemento das festividades religiosas em honra de Nossa Senhora da Luz, mas com o passar dos tempos e o evoluir dos cânticos, tornou-se numa paragem obrigatória no roteiro das festas de Verão. Além disso, é poiso certo para quem quer renovar o enxoval lá de casa – das loiças aos têxteis, das panelas aos trapinhos do armário. Não está convencido? Temos os argumentos de que precisa para a ir a Carnide. 

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1. Para ouvir

Este ano, a programação no palco principal volta a ser o prato forte. No dia de abertura da Feira da Luz, a 31, actua Jorge Palma, veterano nestas andanças, e uma semana depois, a 6 de Setembro, é a vez dos Átoa tomarem conta do palco. A dar música ao longo do mês vai estar também João Pedro Pais (7), Sons do Minho (13), Rouxinol Faduncho (14) e Herman José faz-se acompanhar pelo Quarteto (20) para ajudar à festa. A fadista Cuca Roseta dá a voz em Carnide no dia 21 e o Projecto Cid faz as honras a 27 de Setembro. Para encerrar as actuações no palco principal, há Ana Bacalhau (28) e o clássico grupo Carapaus, Azeite & Alho (29) para que esta não deixe de ser uma festa popular como todos a conhecem.

2. Para comprar

Das bancas da Feira da Luz já sabe o que esperar: cães de loiça – uma espécie longe da extinção –, cestas, estatuária de toda a espécie, plantas, terrinas de barro, tapetes e um sem fim de loiças para reabastecer o armário lá de casa. Logo de frente para quem entra, encontra a extensa banca de loiças e plásticos de Manuel José Alves, um dos feirantes mais antigo da Luz. Passe também na peculiar banca de Victor José Martins Domingues, o único a fazer gravações de vidro, para personalizar uma peça. Traga ainda cestas de verga, plantas, panelas ou aquelas iguarias tradicionais.

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3. Para comer

E por falar em iguarias... Se quiser comer de faca e garfo continua a só ter um sítio na Feira da Luz: o restaurante Quinito, de Maria de Fátima e o marido, que fica junto ao palco principal. Aqui o mais pedido é a sardinha assada, mas o choco e as espetadas mistas também fazem brilharete. Carlos Simões Abreu é o mestre das caipirinhas, com banca própria, e dono e senhor e um bar com uma vaca que dá vinho–e que atrai sempre multidões. Para pegar e andar, escolha o pão com chouriço de David Gonçalves, sempre quentinho e estaladiço. Para lamber os dedos de açúcar no fim, passe na roulote de farturas de Alice Maria Araújo, numa das portas da entrada da feira, ou na de Nuno Matos, no lado contrário.

4. Para se entreter

A programação da Feira da Luz vai além dos muito concorridos concertos do palco principal. Todos os fins-de-semana as actividades incluem teatro, cinema ou bailes, aos sábados há visitas guiadas a um local do centro histórico da freguesia e aos domingos aulas de dança temáticas – do forró ao rancho. Escolha não lhe faltae pode consultar o programa completo aqui.

Coisas para fazer em Lisboa

  • Coisas para fazer

Este ano ele armou-se em difícil, não dando sinais de vida mesmo até ao fim da Primavera. Mas ei-lo. Chegou o Verão. E, com ele as esplanadas, os caracóis e a sardinha assada, os fatos-de-banho, os festivais e o cinema ao ar livre. Não sabe o que vestir, onde ir ou o que fazer? Não se preocupe – nós damos uma ajuda. Renove o guarda-roupa, refresque-se com o que de melhor se faz nos bares e aproveite os espaços verdes para se estender e relaxar. 

  • Português

É uma zona residencial por excelência mas não é só a Feira da Luz e as suas loiças a bom preço que arrasta os lisboetas à freguesia de Carnide. Aqui os restaurantes elevaram-se de simples tascas portuguesas a espaços de gabarito e de romarias propositadas para comer aquele prato que é, na verdade, a comida conforto que precisamos sempre. São do mais tradicional que há, têm um bom serviço, humilde e simpático, e nunca descuram na qualidade à mesa. 

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