Este miradouro de Lisboa tem quase meio século. Foi restaurante de luxo, bingo, discoteca, edifício de escritórios e armazém. Este ovni desenhado pelo arquitecto Chaves da Costa ganha uma nova vida – uma vida bem mais pacata: faz de miradouro, aquela que foi sempre a sua vocação secundária. A vista de 360 graus para toda a cidade e a localização privilegiada, no Alto da Serafina, fazem deste prédio devoluto o melhor sítio para ver as vistas em Monsanto. Para quê mentir? É a melhor vista de toda a cidade. Abandonado desde 2001, o Panorâmico recebia apenas a visita esporádica de exploradores urbanos, turistas, curiosos ou pessoas munidas com latas de tinta para fazer aquilo que as pessoas munidas com latas de tinta fazem. Tem sido palco do Festival Iminente que tem intervencionado o espaço com arte urbana, que está bem de saúde para aqueles lados.
Monsanto é, sem discussão possível, o pulmão da cidade. Mas podemos vê-lo também como o pulmão extra que ajuda a respirar os lisboetas em todas as idades. Arena de piqueniques, megapavilhão polidesportivo sem tecto, destino de eleição para apreciadores de baloiços e escorregas. E é nestes 1000 hectares de natureza que se escondem, como quem diz, miradouros com algumas das melhores vistas em Lisboa. Do novíssimo Panorâmico de Monsanto (na verdade com quase meio século), ao meio escondido miradouro Keil do Amaral, vale a pena descobrir as vistas sobre Lisboa sem sair do pulmão verde da cidade.
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