45 anos do 25 de abril
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Música, passeios e leituras: o que não pode perder no Abril em Lisboa

São cravos, senhor, em Abril são cravos. Mas não só. Descubra o que não pode perder no programa Abril em Lisboa

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Apesar de muitas das nossas liberdades adquiridas estarem suspensas devido aos constrangimentos pandémicos, Abril é mês de celebrar essa conquista que é a liberdade. A EGEAC, em mais um programa Abril em Lisboa, volta a fazer mexer a cidade com música de intervenção, sessões de leitura, passeios guiados, teatro e ainda conversas, debates e cinema – tudo sempre de entrada e acesso gratuito e quase tudo em formato virtual, que os tempos ditam que assim seja. Em 2021, é tempo de “Coragem hoje, abraços amanhã”. É cumprir o mote à risca para que no próximo ano o Abril se celebre na rua. 

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O que não pode perder no Abril em Lisboa

  • Museus
  • Santa Maria Maior

Entre 16 e 21 de Abril será apresentada a peça Amores na Clandestinidade, uma estreia online que decorre ao longo de cinco dias às 19.00. Esta é uma criação de André Amálio e Tereza Havlíčková que vem explorar as relações afectivas e familiares na luta antifascista em Portugal, concebida especialmente para o Museu do Aljube – Resistência e Liberdade. 

O museu, em parceria com o Museu-Atelier Júlio Pomar, inaugura a exposição "8998 Pomar" que nos mostra uma selecção de desenhos, gravuras e pinturas do pintor Júlio Pomar (até 30 de Junho). Podem ser vistos documentos alusivos a obras e episódios de censura que remetem para o período de perseguição pela PIDE ao pintor, que acabou por ser preso em Caxias, em 1947. Mas há mais: a 22 de Abril, às 18.30, haverá uma conversa com Margarida Tengarrinha a propósito do seu livro Memórias de uma Falsificadora, sobre memórias de clandestinidade e resistência ao fascismo (inscrições). No dia 24, é possível percorrer os locais emblemáticos e os caminhos que permitiram a revolução – do Terreiro do Paço ao Largo do Carmo, da Misericórdia à antiga sede de PIDE – num peddy paper Pelos Caminhos da Liberdade (inscrições) às 10.00. 

Finalmente, para quem não conhece bem o Museu do Aljube, nos dias 24 e 25 de Abril, às 10.00, estão programadas duas visitas orientadas à exposição de longa duração (inscrições). No Dia da Liberdade, há ainda um concerto dos 50 anos das Cantigas de Maio, de Zeca Afonso, no auditório do museu. Será um concerto intimista com o músico Rogério Charraz e o compositor João Monge, e também requer inscrição prévia.

Liberdade sempre

  • Filmes

A revolução dos cravos nunca foi pacífica. Numa coisa, porém, quase todos concordam: a liberdade tornou Portugal um país diferente, e a democracia, apesar dos seus defeitos, permitiu o progresso. Coisa que pode não se ver bem, agora. Contudo estes documentários, feitos entre 1975 e a presente década –  mostram o antes e depois. É só questão de comparar. 

  • Filmes

A revolução dos cravos marcou uma página incontornável da história portuguesa, por isso, e porque também o cinema lhe prestou homenagem, damos-lhe os melhores filmes sobre o 25 de Abril para que respire a liberdade através da sétima arte.

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