markéta condeixa (Fotografia: Arlindo Camacho)
Fotografia: Arlindo Camacho

Ponto de situação: esta não é a nova Berlim, esta é a primeira Lisboa. “Estou a tornar-me patriótica!”, ri-se a curadora. É numa discreta cave vizinha da Escola António Arroio que a encontramos, ao leme da Syntax, a estrutura sem fins lucrativos e plataforma de apoio à produção independente de arte contemporânea. Desça as escadas e troque impressões com Markéta Stará Condeixa, a checa que se casou com um português, e que entretanto já ajustou os horários da galeria para poder ir buscar o filho à creche. “A historia é simples. Vivíamos em Praga, ele teve uma oferta de trabalho cá e decidimos vir. Aterrei em 2012 e em 2013 tirei algum tempo para pesquisar o meio artístico e decidi-me pela área que me era familiar. Daí a ideia de criar a Syntax. O programa Kunsthalle Lissabon também impulsionou a coisa.” Depois de várias escalas temporárias, instalou-se em definitivo neste reduto em 2015. Em Dezembro de 2016, lançou a livraria, com obras de criadores contemporâneos, como André Romão, Ana Manso ou Gonçalo Sena. Bico de obra na capital? “Os atrasos. Tenho lidado muito com isso; também há muita burocracia.” Depois há um quadro que fica bem em qualquer lugar. “Em Lisboa adoro as pessoas, apesar de ser um cliché. Colaboro com muitas galerias e curadores de outras capitais e todos me dizem que Lisboa ainda não foi tão gentrificada como outros lugares. Há que tentar refrear isso.”

Nós, lisboetas. Seis nações que dão cartas na vida da cidade

Helena gostava de poder votar nas autárquicas. Markéta apoia jovens artistas contemporâneos. Welket apela às memórias da cultura africana na capital. Gente que veio de fora para se tornar tão alfacinha como nós

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Especial Aniversário: 10 anos da Time Out Lisboa

  • Pastelarias
Nós é dez bolos. E uma festa de aniversário à altura: dos bolos em camadas mais nus aos mais artísticos, passando pelas bolas de berlim bem recheadas (com Abade de Priscos e não com recheio normal, que nós não fazemos a coisa por menos). Espreite a mesa de doces do nosso aniversário e encomende já o seu - há pasteleiros destes que obrigam a que a encomenda seja com meses e meses de antecedência, tal é a procura.
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  • Música
Passaram centenas de discos portugueses pela redacção da Time Out Lisboa nos últimos dez anos. Da electrónica ao rock e do fado à folk. Desde músicos que toda a gente conhece há muitos e muitos anos a relativos anónimos e nomes que se tornaram conhecidos ao longo desta década. Estes foram os melhores discos, ano a ano. Desde o primeiro de Norberto Lobo, Mudar de Bina, em 2007, a Nua, o segundo de Gisela João, no ano passado – nem por acaso, ele e ela são os únicos repetentes da lista. Pelo meio, encontram-se nomes como B Fachada, Buraka Som Sistema e os Sensible Soccers, entre outros.
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