Vai nascer em Lisboa um novo bairro. Mas não é daqueles cheios de tradição, nem dos outros cheios de Airbnb. O Bairro Metropolitan é temporário, feito de experiências que vão da música às artes plásticas, e ocupa o novo Terminal de Cruzeiros num formato pop-up, de quinta a domingo. E não tem de pagar um tostão para ser morador (efémero). O projecto, que depois seguirá para outras zonas do país, está nas mãos de Catarina Vasconcelos e Joana Ornelas, da produtora It’s Always Now.
“A ideia foi recriar uma cidade imaginada, mas que é tão palpável como aquela em que vivemos. Desenhámos o Bairro com contentores e mapeámos tudo com ruas, cada uma com ambiente diferente”, explica Catarina. “Temos uma vida de bairro com uma componente muito cénica e onírica, ligada ao universo circense, que leva as pessoas a viver experiências imersivas”.
Os contentores marítimos passam a ser palcos, lojas, galerias, restaurantes e tudo o que um bairro oferece aos vizinhos. “A ideia da utilização de contentores tem uma potencialidade associada à experiência e ao inesperado”, descreve Catarina. O Bairro Metropolitan é uma instalação que aparece e desaparece nas cidades – sendo que Lisboa é a primeira a acolhê- -la. “Desenhámos o Bairro para se adaptar a todos, a todas as idades, porque queremos ir ao encontro daquilo que já são as rotinas das pessoas normalmente”.
O evento não se fica pela boa vida – há uma vertente ligada à sustentabilidade e preservação do ambiente que a organização quer sublinhar. Numa parceria com a Liga para a Protecção da Natureza, o Bairro dedica uma das suas avenidas à consciencialização para a extinção do lince ibérico, através de uma instalação assinada pela artista Catarina Glam.
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