O que é, afinal, um luxo moderno?

Ao volante do Range Rover Sport Autobiography, rumamos para uma das muitas escapadinhas possíveis entre o Porto e Lisboa, onde parar e aproveitar foram as palavras de ordem.

CP JLR - Rota do Luxo Moderno
D.R.
Time Out em associação com JLR
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Na era do digital, do imediatismo e da partilha, talvez os maiores luxos sejam o tempo, o inesperado e as experiências. Desligar o piloto automático e agarrar no aqui e no agora, fazer um desvio às convenções e acelerar fora do plano. Ao volante do Range Rover Sport Autobiography, rumamos para uma das muitas escapadinhas possíveis entre o Porto e Lisboa, onde parar e aproveitar foram as palavras de ordem. Com as férias do Verão aí à porta, inspire-se nesta viagem ao volante do carro que foi concebido para o ver na estrada, livre, em busca do que o faz feliz.

De pausa em pausa, aceleramos 

Quanto cabe em 48 horas? Se decidirmos aproveitar, cabe muito. Se tivermos o carro certo nas mãos e o plano perfeito na cabeça, cabe ainda mais, muito mais — momentos que ficam para a vida toda. Para que tal aconteça, um conselho prévio: desligue-se do quotidiano e vá atrás do extraordinário. Foi isso que fizemos em Aveiro, no Porto, em Gaia, em Ílhavo, em Coimbra, e depois, já de regresso a Lisboa. À boleia do Range Rover Sport Autobiography traçámos a biografia de dias para mais tarde recordar. 

Aveiro

O Prosa é poesia à mesa

Com o romantismo de uma cidade que ainda não foi totalmente descoberta por turistas, mas o charme que assegura que pouco faltará, Aveiro recebe-nos com um dos maiores escritores portugueses: Eça de Queirós. É no Palacete Valdemouro, onde morou em tempos o pai de Eça, e onde hoje mora o restaurante Prosa, que fazemos a primeira refeição da viagem.

O fine dining está ao comando do Chef Rui Paula, que procura na carta “trazer pratos que se identifiquem com a região, mas com o cunho de quem os faz”. Neste caso, o próprio Rui Paula, e que tem na equipa João Covas, como chef executivo, José Melo, chef pasteleiro, e Ricardo Soares, director de Restaurante. A nova carta do Prosa conta com sete momentos. Começámos a refeição com os snacks corneto de bacalhau e madalena de cabeceiro do lombo, momento que deixou logo claro ao que íamos: história e inovação, numa mistura de sabores que surpreende. Seguiu-se a entrada, uma rabanada de brioche, pata negra e enguia fumada, e seguimos viagem com a nossa caldeirada, onde uma selecção de peixes faz as honras à cidade. Em seguida, o carré de borrego suculento também conquistou o palato, com um puré de vitelotte e queijo de cabra a acompanhar. Para terminar, a trilogia de chocolate, crocante de avelã e pérolas de café, onde sabores, texturas e até temperaturas se unem numa perfeita simbiose para um final doce.

Despedimo-nos de forma longa e lenta do Prosa, o fine dining que facilmente conquista os aveirenses, mas faz de Aveiro um bom destino para uma visita. Com Porto no horizonte, damo-nos ao luxo de um desvio até à Costa Nova, para apreciar a beleza da paisagem e da história. Invicta, estamos quase a chegar.  

Prosa. Travessa dos Ourives 1, Aveiro Seg-Dom 12.30-14.00 e 19.00-22.00

Porto

A Prova dos 9 (ou 100)

O Porto recebe-nos para um final de tarde com direito a golden hour no topo da torre do Time Out Market, inaugurado em Maio. O momento é ideal para parar na Sala de Prova e aproveitar uma degustação de Vinhos do Porto, com a prova de quatro referências.

De manhã, à tarde ou ao final do dia, a Sala de Provas tem dezenas de vinhos da região do Porto e Douro que poderá ficar a conhecer, numa experiência que inclui também harmonização com queijos, mariscos ou chocolates. Entre um Vista Alegre e um Taylor’s, o palato balança e a indecisão impera. No final, não resistimos a trazer uma recordação – todas as provas podem, depois, ser compradas à garrafa, com personalização do rótulo incluída.  

Sala de Provas. Time Out Market, Ala Sul da Estação Ferroviária de São Bento, Praça de Almeida Garrett, Porto. Seg-Dom 10.00-00.00 

Vila Nova de Gaia

Um refúgio com vista

Atravessamos a ponte para olhar o Porto de frente, com a calma que merece o fim do dia. No The Lodge, somos absorvidos pela atmosfera onde o Douro vinhateiro ganha protagonismo. A noite passou-se na Signature Suite, um espaço que é muito mais do que uma mera suíte: com 275 m², acomoda dois quartos (cada um com casa de banho e banheira privada), sala de jantar e de estar e até um ginásio privado. É ainda possível ter chef privado na suíte e in room spa.

À nossa espera estava a Maria, da Candy Hands, para uma massagem relaxante com vista para a outra margem, onde nenhum detalhe foi deixado ao acaso e onde o tempo, verdadeiramente, parou.

Revigorados e relaxados, aproveitamos para prolongar a experiência ao longo da noite e na manhã seguinte, num pequeno-almoço onde, entre buffett e à la carte, satisfazemos todos os desejos. Os ovos Benedict, o chocolate quente, e toda a selecção de pastelaria, queijos e charcutaria superaram as expectativas 

The Lodge. Rua Serpa Pinto, 60. V. N. Gaia, Porto

Do fine dining à comida de conforto

Com a curadoria de Henrique Sá Pessoa, o Vinha é a estrela do hotel com o mesmo nome. O fine dining promete – e cumpre – uma experiência de luxo, da decoração ao prato. Da trilogia de sapateira, vieira e caviar à caldeirada de peixe e marisco, do atum com caldo de cebola e maracujá ao cachaço de porco bísaro, a experiência faz-se numa viagem gastronómica de requinte, onde o final perfeito tem o nome de chocolate branco, nectarina e flôr de sabugueiro. 

Para refeições mais descontraídas, a Terroir Brasserie, também com curadoria de Henrique Sá Pessoa, traz pratos de conforto, onde as memórias afectivas se desdobram e a partilha se faz a cada prato. 

Rua Quinta Fonte da Vinha, 383, Vila Nova de Gaia Vinha, Ter-Sab 19.00-22.30 Terroir Brasserie, Seg-Dom 12.30-14.30 e 19.00-22.30 

Ílhavo

Uma Alegre Vis(i)ta

De volta para sul, a primeira paragem faz-se em Ílhavo, casa do Museu Vista Alegre e respectivas lojas, nome que celebra 200 anos. A história de uma das mais emblemáticas casas de porcelanas e cristal de Portugal conta-se pelas prateleiras, numa loja que é também uma cronologia. Não faltam os serviços de mesa clássicos, os de chá e café com motivos originais, e as coleções exclusivas feitas com ícones do design e da moda. 

Na mala, espaçosa, do Range Rover, vem o bule Rainhas de Portugal, e na calha fica uma nova visita para conhecer a loja da Bordalo Pinheiro. A conjugação perfeita entre peças intemporais e mais disruptivas faz-se entre uma loja e a outra para, no final, cada casa e cada combinação ser única. 

Museu e Loja Vista Alegre, Lugar da Vista Alegre, Ílhavo. Seg-Dom 10.00-19.30 

Coimbra

O espectáculo vai começar

Protegida pela eterna aura estudantil, Coimbra parece abrir a excepção às grandes metrópoles. Há muito para descobrir nas ruas da cidade das capas negras. Levantem-se as cortinas, faça-se silêncio: o Palco faz da comida um espectáculo digno de repetição, com encenação do chef Marco Almeida e apresentação da manager Ana Vinagre.

O menu Equilíbrio é uma surpresa com 12 pratos – ou 12 actos –, numa escolha do chef. Os personagens? Ingredientes locais e sazonais, que respeitem o seguinte limite: todos são produzidos e transformados num raio de até 100km. Começamos com os snacks: pastel de nata, onde o creme doce dá lugar a um creme de tremoço de cadima, e pastel de pata roxa, onde o bacalhau dá lugar ao tubarão costeiro da família do cação. Finalizamos o primeiro acto com cocktail comestível de licor Beirão, onde confiar é palavra de ordem. O espectáculo prossegue com pães de massa mãe, leitão da mealhada e chanfana. A beterraba leva-nos em viagem para outras paragens, com um falso sushi em três momentos: o algodão doce, ligeiramente salgado, o próprio sushi de beterraba e um limpa palato.

Todos os pratos são protagonistas no Palco, mas há uma estrela que brilha em todos os menus: a enguia fumada com arroz caldoso. O sabor do peixe acentua-se com o travo picante do caldo do arroz, o que resulta numa explosão de sabores que pede repetição. Perto do fim do espectáculo, há ainda espaço para o palquito de arroz doce. Sente-se a apoteose e o Palco vibra com a chegada da sobremesa, numa alusão ao Milagre das Rosas da Rainha Santa Isabel e numa trilogia onde até o olfacto é chamado à cena. É a sorte de cada um que dita se haverá ou não no gelado bola de ouro. Curioso? Os bilhetes para o Palco dão-lhe acesso ao espectáculo. 

Palco. Avenida Dom Afonso Henriques, Coimbra. Dom 12.30-15.30, Seg, Qui, Sex e Sáb 12.30-14.30 e 19.30-22.30. 

Lisboa

A Ásia em todo o seu esplendor

Na capital, a paragem obrigatória faz-se no centro do centro de Lisboa: em plena Avenida da Liberdade, o JNCQUOI Ásia traz-nos pratos do outro lado do continente, num jantar onde o sabor e a tradição asiática se reinventam. Das quatro cozinhas – Índia, Tailândia, China e Japão – saem pratos para partilhar e se deliciar, numa atmosfera envolvente que nos faz acreditar que viajamos dentro da própria cidade.

O crispy crab dumpling abre as hostilidades. Seguimos para o Japão ao comando dos hashis, numa selecção de sushi de fusão, com destaque para o gunkan de otoro e vieira. Segue-se o clássico indiano chicken tikka masala, um caril de frango que nos atiça as papilas gustativas, e um pad thai de camarão, onde os sabores se misturam num prato que satisfaz uma refeição completa. Mas há sempre espaço para a sobremesa, óbvio, e no JNCQUOI a sugestão só pode ser uma: a baba de rinoceronte é o paraíso para os amantes de um bom doce

JNCQUOI. Avenida da Liberdade 144. 19-22 Jun. Qua-Sáb 12.00-00.00

Vida de rainha, vida de rei 

O luxo também pode ser redescobrir aquilo que achava que conhecia. Lisboa é a nossa casa-mãe, mas prolongamos a experiência ficando a dormir em casa, fora de casa. E é precisamente esse o conceito do Verride Palácio Santa Catarina, onde ficámos na última noite, em suites queen e king, com o conforto e a sumptuosidade dignos de realeza.

A banheira no centro do quarto, a sala amarela que liga os dois quartos e a vista maravilhosa para vários pontos de Lisboa leva-nos a querer ali ficar. Depois de uma noite em que o descanso prevaleceu, neste hotel que une como ninguém o passado e o presente, descemos para um pequeno-almoço à escolha do chef. Fazemos o check out com vista sobre o Tejo e com vontade de voltar para aproveitar o Suba e o Club 55, para almoçar, jantar e demorar.

Verride. Rua de Santa Catarina 1, Lisboa

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