E Todas As Crianças São Loucas
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Sete grupos de teatro que tem que conhecer

Os novatos estão em clara maioria. Conheça estas propostas alternativas às companhias de teatro que estão sempre nas luzes da ribalta.

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Por aqui entram em cena os clássicos e as novas dramaturgias, os cânones e o cruzamento de linguagens. Do Júlio de Matos aos bancos de escola, estas companhias de teatro mais alternativas têm origens e momentos geradores distintos. Uma delas vem já do final dos anos 1960 e trabalha com doentes psiquiátricos. Outras são interdisciplinares e cruzam teatro, dança, música, literatura, cinema ou artes visuais. Mas não é por serem grupos menos conhecidos que os palcos que pisam são menores: estes já desceram cortinas tão ambicionadas quanto o Teatro Nacional D. Maria II ou o Centro Cultural de Belém.

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Pequenas grandes companhias

33 Ânimos

Com quantos ânimos se faz o cruzamento de linguagens e meios? Ora responda 33. A 33 Ânimos foi criada em 2012 por Daniela Rosado e Ricardo Cabaça, e desde então tem enquadrado a sua actividade no território do teatro pós-dramático. E se a nova dramaturgia é um dos focos do colectivo lisboeta, os clássicos não só merecem atenção como são habitualmente revisitados, cruzados com novas perspectivas. Entre 31 de Janeiro e 2 de Fevereiro, o seu lugar é no Espaço Escola de Mulheres, para, em parceria com o Teatro Estúdio Fontenova apresentar Ah! Minha Dinamene!; em Maio, no Teatro da Politécnica, será a vez da sua nova produção, Corpo Futuro.

Os Possessos

Acabado de celebrar o quinto aniversário, Os Possessos estão activamente a preparar a estreia do seu próximo espectáculo, em Março, no Centro Cultural de Belém, A Bolha, uma criação dos fundadores da companhia, Catarina Rôlo Salgueiro e João Pedro Mamede (com Nuno Gonçalo Rodrigues), para a Fábrica das Artes – CCB. Colectivo fundado em 2013, depois de um exercício final de Conservatório que deixou os três criadores traumatizados, mas com vontade de trabalharem juntos, Os Possessos ganharam, como se costuma dizer, nome, com espectáculos como Rapsódia Batman, II – A Mentira, Marcha Invencível ou O Novo Mundo.

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Grupo de Teatro Terapêutico

Em 1968, dois médicos do Júlio de Matos desafiavam João Silva a desenvolver um projecto pontual de teatro no hospital. Entretanto, passaram 50 anos e o Grupo de Teatro Terapêutico segue o seu caminho. É um colectivo singular que funciona no actual Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa e que nas últimas décadas apresentou ao público mais de duas dezenas de peças, com um elenco constituído por pessoas com experiência de doença mental. Se em 1970 o grupo apresentava Caleidoscópio, um texto sobre as misérias da sociedade e da guerra, encerrou o ano passado apresentando Casulo, na Malaposta, peça sobre “António, um homem que nasce bom, num país de maus.”

Auéééu Teatro

Previnem que o termo auéééu “designa-se a si mesmo, não possui qualquer outro significado senão o que ele a si se atribui”. Beatriz Brás, Filipe Velez, Frederico Barata, Joana Manaças, João Santos, João Silva, Miguel Cunha, Sérgio Coragem e Vânia Ribeiro são os fundadores desta companhia e associação cultural criada em 2014. O colectivo da Auéééu Teatro baseia-se na produção de objectos interdisciplinares na área do teatro, dança, música, literatura e cinema. Em Março regressam à Rua das Gaivotas 6 para apresentar Um Passo Atrás, peça criada depois conversas públicas sobre como o trabalho invade a nossa vida sem pedir licença.

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As Crianças Loucas

Foi com a peça E Todas as Crianças São Loucas, sua primeira produção, estreada no final do ano passado no Espaço Escola de Mulheres, que o colectivo As Crianças Loucas abriu, já este ano, o ciclo Recém-Nascidos, iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II em quarta edição. Criado em 2017, o grupo encenou colectivamente esta peça, baseada em Coração das Trevas, de Joseph Conrad, e em Apocalypse Now, filme de Francis Ford Coppola que o livro inspirou, com texto de João Cachola e interpretação do próprio, Bruno Ambrósio, Rodrigo Tomás, Sílvio Vieira e Vicente Wallenstein.

Companhia Mascarenhas-Martins

A Companhia Mascarenhas-Martins foi fundada em Janeiro de 2015, no Montijo, para “produzir objectos artísticos nas áreas do teatro, cinema e audiovisual, música, literatura, artes visuais, entre outras”, como afirmavam então os seus fundadores e directores artísticos e culturais, Levi Martins e Maria Mascarenhas. E é isso que tem feito em peças como Tentativas para Matar o Amor, ou colaborando com Luís Miguel Cintra na criação de Um D. João Português, o trabalho que assinalou o regresso do encenador e actor ao teatro.

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Teatro da Cidade

Em Abril de 2016 chegaram ao palco da Cornucópia com Os Justos, uma estreia patrocinada por Albert Camus. E depois o Teatro da Cidade, formado por jovens actores saídos da Escola Profissional de Teatro de Cascais e da Escola Superior de Teatro e Cinema, continuou. Peça a peça solidificam a seu nome – sendo grande ajuda elencos que incluem Guilherme Gomes, Nídia Roque, Rita Cabaço, Bernardo Souto e João Reixa –, ganham prémios... E agora a companhia está pronta a apresentar Agora, que o Carro do Sol Já Passou, espectáculo infantil sobre “vários mitos, onde entra Narciso, Dafne, Júpiter, Mercúrio, tudo figuras encontradas em Metamorfoses, do poeta latino Ovídio”, com texto de Guilherme Gomes, em co-produção com o Museu da Marioneta, que fornece o palco.

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