Em Lisboa, não faltam opções para ir ao teatro, muitas delas com preços bem apetecíveis (olá, dia do espectador). E algumas estão tão pouco tempo em cena que é preciso correr, já que nunca se sabe se (e quando) são repostas. Entre companhias históricas e emergentes, encenadores e actores conhecidos e outros que ainda estão a tentar conquistar lugar, encontra-se um generoso conjunto de peças de teatro e de dança. Aqui ficam as nossas sugestões do que se vai poder ver este mês, para que a escolha seja mais fácil.
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A peça imagina o livro que o pai do encenador, Tiago Rodrigues, terá querido escrever nos últimos dias da sua vida. E é depois da sua morte que Teresa, uma voluntária que o visitava regularmente e que passava tempo com ele, fala a Tiago acerca deste livro, que combinaria a experiência do pai no hospital com as memórias dos tempos enquanto jornalista.
Culturgest. 19-23 Fev. Qua-Sex 21.00, Sáb 15.30 e 19.00, Dom 17.00. 20€ (Esgotado)
O clássico da literatura é apresentado pelos Artistas Unidos, numa adaptação de Robert Icke e Duncan Macmillan. Neste futuro distópico, o Grande Irmão está sempre a observar todos e o individualismo e o pensamento livre são proibidos pelo partido totalitário que está no poder. Mas há quem sonhe com um mundo diferente.
CCB – Centro Cultural de Belém. 21-23 Fev. Sex 20.00, Sáb 19.00 e Dom 17.00. 12€-15€
Já toda a gente sabe a história de Macbeth, de William Shakespeare. Pois, então, resta saber que esta encenação, a partir de Heiner Müller, é de Paulo Castro. Esta versão contemporânea da obra de Shakespeare é descrita como “mais sanguinária e brutal”, não fosse ela baseada numa história de homem que se torna um assassino de forma a ser rei.
São Luiz Teatro Municipal. 14-23 Fev. Qua-Sáb 20.00, Dom 17.30. 12€-15€
É a partir de Cassandra, de Christa Wolf, que Teresa Coutinho decide levar uma caça às bruxas ao palco do TBA. Depois de mergulhar numa investigação sobre este tema, a criadora instaura uma ditadura, num futuro distópico, em que são retirados os direitos às mulheres acusadas de bruxaria. Antes de se apresentar em Lisboa, estreia-se no Porto, no Teatro Campo Alegre.
TBA – Teatro do Bairro Alto. 25 Fev-1 Mar. Ter-Sáb 19.30. 12€
Esta é A Farsa de Inês Pereira, mas não a original. Esta versão, de Pedro Penim, mantém a mesma métrica e rima, mas traz a história para os nossos tempos. Debruça-se sobre o empoderamento feminino, a urgência de um diálogo intergeracional, o pós-trabalho e o direito ao tédio. É o último espectáculo de uma trilogia dedicada à família e conta com a participação de Hugo Van der Ding e Rita Blanco.
Teatro Variedades. 13 Fev-2 Mar. Qua-Qui 20.00, Sex 21.00, Sáb 19.00, Dom 16.00. 12€-17€
Este ano, a Upstream, de Andrew McNicol, e a Workwithinwork, de William Forsythe, apresentadas na temporada de 2023/2024, junta-se uma novidade no repertório da CNB – Stravinsky Violin Concerto, de George Balanchine. Enquanto a criação de McNicol se destaca pela sua contemporaneidade e pela ligação que cria entre movimento e música, a de Forsythe desconstrói códigos da técnica de dança clássica. Já Stravinsky Violin Concerto caracteriza-se por duas Árias centrais, que formam pas-de-deux para dois casais.
Teatro Camões. 20 Fev-2 Mar. Qua-Sex 20.00, Sáb 18.30, Dom 16.00. 10€-20€
Em Construção, António Pires encena Três Dramas Históricos, trilogia escrita pela norte-americana Gertrude Stein. Com um elenco composto por cinco actores, a narrativa procura resgatar o passado e tradições antigas para o presente em que se desenrola a acção.
Teatro do Bairro. 22 Jan-22 Fev. Qua-Sex 21.30, Sáb-Dom 18.00. 8€-15€
O mais recente musical de Filipe La Féria é uma ópera-rock sobre um dos episódios mais conhecidos da história portuguesa do século XX – as aparições de Fátima. Os acontecimentos ocorridos em 1917, na Cova da Iria, são aqui retratados numa versão contemporânea que pretende contribuir para uma reflexão acerca do país.
Teatro Politeama. 5 Dez-27 Fev. Qua-Sex 21.00, Sáb 17.00 e 21.00, Dom 17.00. 10€-35€
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Os museus e galerias da cidade são os locais perfeitos para visitar ao fim da tarde ou durante o fim-de-semana. E se é fã de fotografia tem mesmo de deitar o olho – ou a lente, se quiser registar o que já foi registado por outros – a estas exposições.
Se é daqueles que não deixa passar uma estreia, pode espreitar os filmes em cartaz esta semana. Mas, se é um verdadeiro cinéfilo (ou aspirante), deve ter em mente que algumas pérolas do cinema escapam às grandes salas. São clássicos para ver e rever – ou apenas filmes fora da rota comercial e por isso fora dos grandes centros comerciais (e em salas sem pipocas, diga-se). Para não perder nada, todos os meses lhe damos as melhores sugestões de cinema alternativo em Lisboa e em salas muito especiais. Há propostas para todos os gostos.
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