Museu da Dermatologia Portuguesa Dr. Luís de Sá Penella
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Os mais estranhos museus de Lisboa

Se acha naturezas mortas e murais de street art uma seca, explore estes museus em Lisboa. Têm transístores, moldes de gesso, dinheiro falso e retratos de criminosos.

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O insólito traz pimenta aos dias e o tempo em que apenas queríamos estar a par das grandes pinturas e esculturas dos séculos XX e XXI pode não ser este. Pode ser divertido replicar a cena de corrida nos corredores do Louvre, como no Bande à Part, de Godard, mas também não fará mal nenhum explorar as vitrinas de um museu que esconde antigos distintivos da Polícia Judiciária, retratos de criminosos, máscaras de cera representando os efeitos da sífilis ou chips de computadores primitivos. Pedimos desculpa aos mais sensíveis, mas aqui não há Paula Rego nem Picasso, nem tão pouco arte. Esta é uma incursão pelos museus mais estranhos de Lisboa e arredores, onde a ciência ganha terreno sobre a beleza.

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Os mais estranhos museus de Lisboa

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Fica numa simpática quinta em Loures que serve também como escola para a Polícia Judiciária. Só é visitável através de marcação e exibe um impressionante acervo de artigos relacionados com bandidagem: armas, equipamento obsoleto da PJ, dinheiro falso, obras de arte forjadas e retratos de criminosos. Está lá, por exemplo, a faca com que tentaram assassinar o Papa João Paulo II em 1982.

Michael Faraday descobriu o benzeno, construiu pilhas, percebeu como funcionava a indução electromagnética e o seu retrato esteve pendurado durante anos (consta) na parede do gabinete de Einstein. Feito o enquadramento, será mais fácil imaginar que no pavilhão que ganhou o seu nome, em Lisboa, estão expostos perto de 600 instrumentos e equipamentos científicos históricos, sobretudo dos séculos XIX e XX, todos eles organizados e recuperados pelos geeks do Instituto Superior Técnico (IST). Explorar estas sete salas é conhecer curiosidades guardadas por professores e cientistas loucos, na maior parte das vezes estranhos ao comum mortal. No Faraday, há cabos, transístores, chips ou formas metálicas de nos conectarmos, como um telefone primitivo do século XIX. Mas também há lugar para o futuro, pelo menos o imaginado e experimentado pelos novos cientistas do IST. Para conhecer o museu, basta aparecer a uma segunda ou quinta-feira, entre as 14.00 e as 19.00. A entrada é livre.

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Casa Veva de Lima
Casa Veva de Lima

É o Ramalhete da adaptação para o cinema de Os Maias e uma das casas mais fascinantes da cidade. Lá dentro viveu Genoveva da Lima Mayer, escritora e socialite conhecida pelas suas festas, tertúlias e serões literários muito falados por toda a Lisboa dos anos 20 e 30. A decoração deste palacete nas Amoreiras pode descrever-se como exuberante, espalhafatosa e dramática, mas nenhum desses adjectivos lhe faz justiça. É uma bela e misteriosa cápsula do tempo que nos apresenta a uma das mais excêntricas lisboetas de sempre – só um exemplo: Veva de Lima chegou a ter um leopardo bebé como animal de estimação.

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Casa dos Gessos
Casa dos Gessos

Sítio do turismo militar, é também o local onde podemos encontrar pessoas e animais com mais de 200 anos  quem nunca sonhou em ver um cavalo de gesso? Eis a oportunidade! Também estão cá o D. José I do Terreiro do Paço e o Dr. Sousa Martins do Campo dos Mártires da Pátria, mas na sua versão larvar. Ou seja, o molde de gesso de onde iriam sair as suas versões definitivas, em bronze. Ao todo são 12 peças que fazem parte da história da cidade que podem ser vistas em poucos metros quadrados. 

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Doenças da pele no seu melhor momento? Sim, senhor, estão aqui, muito bem representadas em centenas de máscaras de cera onde é possível testemunhar os seus efeitos sui generis e regressar a tempos onde patologias como a famosa sífilis eram bem mais comuns. A colecção, situada no Salão Nobre do Hospital dos Capuchos, costuma ser visitada por alunos de medicina que a procuram pelo seu valor didáctico.

Mais museus

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Não é ao domingo de manhã, sábado à tarde ou segunda de madrugada. Estes museus são de entrada gratuita sempre que a porta está aberta ao público. E a busca pela descoberta de um museu gratuito também pode significar a descoberta de um museu que nem sempre está na ribalta. Fomos à procura dos museus grátis em Lisboa e concelhos vizinhos e descobrimos algumas pérolas museológicas. Da sala de operações do Movimento das Forças Armadas ao museu que respira dinheiro, há muito para aprender sem gastar um tostão. Aventure-se também nestes museus grátis em Lisboa e arredores. 

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Há museus completamente gratuitos em Lisboa, e já os listámos aqui, depois há outros que não dão o braço a torcer e onde vai ter sempre de se chegar à frente e abrir a carteira. Mas ainda há um meio termo, aqueles que dão tréguas em pelo menos um dos dias da semana ou do mês, para que possa entrar sem gastar dinheiro. Seja ao sábado, no primeiro domingo do mês ou depois de uma certa hora – há opções para tudo e não há grandes desculpas para não aderir a estas borlas. Está pronto para apontar estas dicas? 

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