Fica numa simpática quinta em Loures que serve também como escola para a Polícia Judiciária. Só é visitável através de marcação e exibe um impressionante acervo de artigos relacionados com bandidagem: armas, equipamento obsoleto da PJ, dinheiro falso, obras de arte forjadas e retratos de criminosos. Está lá, por exemplo, a faca com que tentaram assassinar o Papa João Paulo II em 1982.
O insólito traz pimenta aos dias e o tempo em que apenas queríamos estar a par das grandes pinturas e esculturas dos séculos XX e XXI pode não ser este. Pode ser divertido replicar a cena de corrida nos corredores do Louvre, como no Bande à Part, de Godard, mas também não fará mal nenhum explorar as vitrinas de um museu que esconde antigos distintivos da Polícia Judiciária, retratos de criminosos, máscaras de cera representando os efeitos da sífilis ou chips de computadores primitivos. Pedimos desculpa aos mais sensíveis, mas aqui não há Paula Rego nem Picasso, nem tão pouco arte. Esta é uma incursão pelos museus mais estranhos de Lisboa e arredores, onde a ciência ganha terreno sobre a beleza.
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