Eléctrico 24
João Barata/JFC
João Barata/JFC

Os melhores passeios em transportes públicos

Os transportes públicos não servem só para nos levar do ponto A aos restantes pontos do abecedário.

Renata Lima Lobo
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Alguns transportes públicos servem também para lavar as vistas, desde que não viaje em hora de ponta, porque nesse caso só tem vista para o sovaco do passageiro do lado. E há muita vida (e espaço) para além do eléctrico 28. Nem sempre pensamos nos transportes públicos para passeios, mas a verdade é que tanto os autocarros como os eléctricos, comboios e até os barcos são uma óptima forma de conhecer Lisboa — não é por acaso que andam sempre cheios de turistas. Arme-se também num, pelo menos uma vez e ponha estes passeios na sua lista de coisas a fazer na cidade. Sempre viaja de forma mais sustentável e se tiver passe Navegante pode viajar em modo "entra e sai e não paga mais nada por isso". 

Recomendado: 20 coisas que os turistas fazem e todos os lisboetas devem experimentar

1. De Belém à Trafaria de barco

Não só temos um rio, como temos um rio grande. O que é bom para quem se quer demorar num barco que o atravessa. A Estação Fluvial de Belém fica mesmo ao lado do MAAT e depois de uma visita pode apanhar o barco em direcção à Trafaria. Não está tempo para se fazer à praia na foz do rio Tejo e com vista para os pequenos barcos de pesca, mas está sempre bom para comer um peixinho fresco. Para isso consulte a ementa da Taberna do Zé da Lídia. Depois, e antes do regresso, faça a digestão num passeio pela marginal da Trafaria.
Duração: 20m
Bilhete simples: 1,25€

2. Eléctrico 28

Não podemos falar em passeios nos transportes públicos sem entrarmos no 28. Há uma tendência generalizada para contornar a fila turística, mas o histórico eléctrico é incontornável para quem quer andar de passeio. Do Martim Moniz aos Prazeres há muita Lisboa para (re)conhecer. A Graça, a Sé, o Chiado, a Estrela. Tudo cabe neste percurso criado em 1985. Porque em percurso vencedor, toda a gente sabe que não se mexe. Se quiser levar mesmo a sério o passeio, leve consigo o livro 28 – Crónica de um Percurso de José-Augusto França.
 
Duração: 75m
Bilhete simples: 1,50€
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3. Autocarro 729

Há pelo menos três autocarros que passam pelo Parque Florestal de Monsanto, mas este que pára na zona sul do pulmão alfacinha não só o deixa à porta do Jardim dos Montes Claros e do seu lago-tanque, como a paragem fica a dois passos (700m) do Anfiteatro Keil do Amaral (um dos palcos do OutJazz) e do Miradouro do Moinho do Penedo, ideal para piqueniques. Além disso o restante percurso é bastante completo. De Algés à linda e recuperada freguesia de Carnide, o 729 passa ainda por Belém, Ajuda e Estrada de Benfica, junto ao Teatro Turim.
 
Duração: 83m
Bilhete simples: 1,50€

4. Comboio urbano Cais do Sodré-Cascais

Primeiro o rio, depois o mar. A primeira carruagem partiu do Cais do Sodré em 1889 num comboio puxado por uma locomotiva a vapor. Hoje a viagem é menos fumegante, mas continua a ser uma das mais apetecíveis da Grande Lisboa. É muito utilizada nos meses de Verão por quem quer ir à praia sem andar no trânsito, mas nem só de sol vive esta vila. Há sempre muitas coisas para fazer em Cascais.
 
Duração: 33m a 42m
Bilhete simples: 2,25€
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5. Elevador de Santa Justa

Apesar de só lá entrar um lisboeta quando o rei faz anos, este é um transporte público que liga a Rua de Santa Justa ao Convento do Carmo desde que foi inaugurado em 1902. Se formos contar o tempo, a viagem não compensa. Mas compensa conhecer a cabine de madeira desta obra de Raoul Mesnier de Ponsard de estilo neogótico, feita em ferro fundido e com pormenores incríveis em filigrana. Se reparar, todos os pisos do elevador com 45 metros de altura têm desenhos diferentes.
 
Bilhete simples: 1,50€ (acesso ao miradouro: 1,50€)

6. Eléctrico 24

É a mais recente novidade em Lisboa. O eléctrico 24 regressou aos carris, 23 anos depois de ter acabado. O passeio, que liga a Praça Camões à Praça de Compolide, não é longo, mas vale a pena — desde logo porque ainda não foi descoberto pelos turistas e por isso ainda pode andar de eléctrico sem sentir que está numa lata de sardinhas.

Duração: 35m
Bilhete simples: 1,45€
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7. Comboio Lisboa - Setúbal

Outra opção para rumar a sul do Tejo é o comboio da Fertagus que parte da Estação Roma-Areeiro em direcção a Setúbal, com penúltima paragem noutra bonita cidade: Palmela. Se quiser sair nessa paragem, aproveite para descobrir o Castelo de Palmela, onde, durante o cerco de Lisboa, o Santo Condestável D. Nuno Álvares Pereira acendeu uma grande fogueira para avisar o Mestre Avis que a ajuda estava a caminho. Um excelenete aperitivo para depois descobrir os melhores restaurantes de Setúbal.

Duração: 58m
Bilhete Simples: 4,55€ (até Setúbal)

Agora de barco ou a correr

  • Coisas para fazer

Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira. A partir de dia 1 de Abril o passe serve para muito mais do que as voltas do dia-a-dia. O Navegante vai reduzir o preço das ligações entre os 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa com os passes Navegante Metropolitano (30€/mês) e Navegante Municipal ( 40€/mês) que vêm descomplicar o esquema das modalidades de passes. E tornar quase tudo mais barato e ecológico, promovendo o uso dos transportes públicos. Saiba até onde se pode esticar.

  • Coisas para fazer
  • Caminhadas e passeios

A ideia é mesmo ir para fora de pé sem ter de ir muito longe. Os passeios de barco tanto podem meter copos e sushi, como podem incluir DJs ou ser mais silenciosos se preferir. Podem ser do género turístico, radical, romântico ou familiar. Podem, no fundo, ser quase tudo o que imaginar. Para que aproveite os dias mais quentes como deve ser, fizemos o sacrifício de andar à procura dos melhores passeios de barcos para fazer no Tejo e reunimos estes sete. Mas atenção: a oferta é imensa e mesmo as empresas referidas têm muitas outras propostas para lhe oferecer.

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  • Coisas para fazer

Matas, parques e jardins ou zonas ribeirinhas. Em Lisboa, não faltam opções para se pôr a mexer – e, dependendo das horas, sem qualquer confusão, afinal a ideia é relaxar também. Basta escolher o cenário mais apelativo e o piso mais adequado para começar, ou continuar, a correr na cidade. Saiba onde correr em Lisboa, com as melhores sugestões de circuitos para amadores ou profissionais do jogging e do running. Qual é que vai ser a sua desculpa agora para não ficar em forma? Decore as paragens que se seguem, salte do sofá e dê corda aos sapatos.

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