Garantem que no número 193 da Rua de São Bento, morada da Casa e Fundação Amália Rodrigues, ficou quase tudo como a ilustre dona deixou. A cantadeira das cantadeiras viveu meio século nesta casa amarela onde os serões se encheram de fado. As visitas são guiadas, duram uma média de 20 minutos, e levam-no por bustos, bandolins, pinturas de Maluda e muitas outras relíquias. Mais recentemente abriu ao público o jardim da casa, onde os visitantes podem ouvir a canção de Lisboa ao vivo.
Amália da Piedade Rebordão Rodrigues nasceu em Lisboa em 1920, a mesma cidade que lhe disse adeus em 1999. Amália cantou a saudade, em concerto, no cinema e na revista. Pisou grandes palcos mundiais, de Paris a Nova Iorque. Cantou poemas de Pedro Homem de Mello, Ary Dos Santos, Alexandre O’Neill, José Régio, Manuel Alegre ou mesmo Vinicius de Moraes, num disco que foi alvo de censura durante o Estado Novo, em 1970. Nem tudo isto é triste, mas tudo isto é Amália, um ícone da cultura portuguesa que é homenageada em vários espaços e iniciativas de Lisboa.
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