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Arlindo CamachoFauna & Flora
Arlindo Camacho

Seis novidades em Santos e na Madragoa

Uma das melhores gelatarias da cidade, um brunch servido até ao jantar e mercearias alternativas com produtos biológicos. Santos e Madragoa têm recebido cada vez mais inquilinos e quando o pó das obras assenta, abre um negócio novo.

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Há muitos motivos para descer colina abaixo até Santos e à vizinha Madragoa. Gelados deliciosos e brunches saudáveis estão entre as novidades mais frescas. Não perca uma. 

Seis novidades em Santos e na Madragoa

  • Português
  • Estrela/Lapa/Santos

A esperança é a última a morrer, principalmente na Rua da Esperança, onde Joana Faria plantou no fim de 2017 este Fauna & Flora, um dos novos sítios preferidos dos alfacinhas para o brunch ou o novo conceito do brinner (servido até à hora de jantar). “Um sonho antigo” que se concretizou precisamente na rua onde Joana viveu quando se mudou do Porto para Lisboa, há oito anos. “Sempre dei privilégio a esta zona e felizmente encontrámos este espaço, onde era o Orange, para jantares de grupo.” Muita coisa mudou na rua nos últimos anos. “Só nos Santos Populares é que ficava mais povoada”, recorda. Agora o Fauna & Flora é um dos responsáveis pela nova azáfama no bairro. “[A Madragoa] está em mutação”, diz Joana. “Mas ainda é muito característica, continuamos a ter uma vida de bairro.”

  • Mercearias finas
  • Chiado/Cais do Sodré

Ninguém se pode queixar de falta de produtos biológicos por estas bandas. A Food, cafetaria/mercearia, no Largo do Conde Barão, veio desde Janeiro alimentar mais ainda a preocupação bio dos alfacinhas. O maior fornecedor de produtos frescos é a Horta do Adão, em Loures, mas nas prateleiras há muito por onde escolher, das granolas aos vinhos biológicos, passando pelas 70 variedades de chá. A cafetaria é uma boa opção para almoço e vem contrariar a ideia de que estes espaços são exclusivamente vegetarianos ou macrobióticos, com menus com “produtos do nosso dia-a-dia, da nossa dieta mediterrânica”, explica Cláudia Faria, a dona do espaço.

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  • Compras
  • Mercearias finas
  • Santos

A mercearia mais indie de Lisboa tem um best of de produtos de pequenos produtores de todo o país. Uma ideia de Rita Santos que se concretizou em Fevereiro numa rua mais escondida de Santos. Tudo o que está nas prateleiras, da muxama de atum da Real Filetes ao picante da Tia Parakuka (com malagueta trazida de Angola e cultivada em Portugal), pode ser consumido ao balcão, com uma taxa acrescida de 4€. Também há vinho a copo (4€), uma boa garrafeira e uma mesa ao fundo da loja para provas de vinhos e de queijos.

  • Santos

Há um ano, a crítica gastronómica Marta Brown dava 2 estrelas ao La Mensa. Na altura explicava que o nome era a palavra italiana para cantina, “coisa que o restaurante de Santos [com 20 metros quadrados] está loooonge de ser ou parecer”, escrevia na Time Out. Pois bem, desde o início do ano que o La Mensa tem nova morada, um espaço muito maior e uma nova carta que junta às antigas piadinas e carpaccios um menu de ceviches e tártaros para tentar conquistar mais gente. Nem que seja pelo bronze. Fica mesmo em frente ao renovado Jardim de Santos, com uma boa esplanada.

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  • Geladarias
  • Santos

É uma boa razão para ir todos os dias em peregrinação até Santos – e voltar para casa a pé, para queimar calorias. A mais recente gelataria Davvero abriu em Fevereiro e é uma espécie de sede da marca, com uma fábrica de gelados à vista dos clientes e pastelaria própria com maravilhas como o pandoramisù de chocolate ou morango (2,80€) ou o cheesecake de lima ou caramelo (3,5€). Há 40 sabores de gelado para uma escolha ainda mais difícil (2€ por 3 bolas), um escorrega na estrutura de madeira onde estão as mesas e uma máquina de pinball de 1992.

  • Cafeteria
  • Chiado/Cais do Sodré
Casa 55
Casa 55

O pão de queijo quentinho (as fornadas saem de 10 em 10 minutos) é a especialidade desta casa com sotaque que abriu o ano passado na Dom Carlos I e que começou a dar nas vistas pela esplanada quase sempre cheia (tornou-se ponto de encontro da comunidade brasileira). Ao contrário do que se possa pensar, o 55 não vem do número da porta, mas sim do indicativo brasileiro. Além de café, é também mercearia, com produtos da América do Sul, em especial do Brasil, e um bom sítio para matar saudades do outro lado do Atlântico, com um bolo de paçoca ou uma caixa de bombons Serenata de Amor, por exemplo.

Outros bairros para descobrir

  • Coisas para fazer
Comércio com história, negócios que cheiram a novo, restaurantes que são verdadeiros tesourinhos, arte dentro e fora de portas, sair à noite com estilo fora do epicentro nocturno lisboeta e ainda fazer outra mão cheia de coisas à beira rio. 
  • Coisas para fazer

Alvalade é um bairro a ter em conta sempre que falamos do melhor da cidade. Andámos pelas ruas desenhadas a régua e esquadro e traçámos um roteiro para forasteiros e nativos. As novidades do bairro, as paragens obrigatórias, os pratos que não pode deixar de provar e os melhores bares – tudo o que precisa de saber para pôr Alvalade na sua lista de prioridades. Por fim, guarde um tempo para as compras no Mercado de Alvalade (dizemos-lhe as bancas onde tem mesmo de parar). 

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  • Coisas para fazer

Antigos armazéns abandonados são agora espaços de cowork onde também se pode andar de skate, há fábricas de cerveja artesanal, salas de espectáculo (ou de raves) onde cabem mil pessoas e espaçosas galerias de arte.
 Fomos espreitar as maravilhas de Marvila e trazemos-lhe um roteiro completo do bairro.

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