Football Manager 2018 está de volta para tirar horas de sono e prejudicar a sua vida profissional.
Se nos concentrarmos na dimensão do fenómeno e reconhecimento mediático, Star Wars Battlefront II é o grande jogo do ano. De longe. Pode não ser o melhor, nem o mais longo, mas é o que pode chegar a mais pessoas. Afinal, é distribuído pela Electronic Arts, uma das maiores empresas do sector, que colocou três dos seus estúdios a trabalharem no projecto, e é um jogo da Guerra das Estrelas, uma das mais conhecidas franquias da cultura popular, controlada e explorada pela todo-poderosa Disney.
A acreditar nos números que circulam por aí, teve um orçamento maior do que alguns blockbusters de Hollywood. E os elevados valores de produção saltam à vista em todos os momentos do jogo: nos combates multijogador, que nos colocam no calor da batalha numa galáxia muito distante, e no modo história, para quem prefere jogar sozinho. Nos gráficos, na sonoplastia e até nos menus. Além disso, mecânica e sistemicamente, tudo funciona como é suposto. Contudo, não traz nada de novo ao género. Falta-lhe coração e coragem.
Veja-se o breve modo história, uma das principais novidades. A acção começa perto do final da trilogia original, e o jogador encarna a comandante de um esquadrão de elite do Império. Ética e narrativamente é uma ideia muito interessante, que podia ser mais desenvolvida se Star Wars Battlefront II se comprometesse com ela e não tivesse, pontualmente, de nos pôr na pele dos heróis da saga.
E é difícil falar do jogo sem referir as polémicas loot boxes, com conteúdos aleatórios, que originalmente seria possível comprar com dinheiro real, e garantiriam vantagens a quem gastasse um maior montante. Estas estratégias de financiamento são cada vez mais comuns em jogos de grande orçamento, mas a EA foi ainda mais longe do que a concorrência e foi duramente criticada por isso. De tal modo que teve de voltar atrás com a ideia e desactivar a venda destes conteúdos (pelo menos temporariamente). Mesmo assim, vários políticos, na Europa e Estados Unidos, condenaram a prática.