Traga a cesta ou o tote bag: estas são as melhores feiras e mercados em Lisboa

Há coisas que nunca mudam – e ainda bem. Falamos da selecção ecléctica e absurda que a Feira da Ladra mostra à cidade semana após semana. O clássico lisboeta não passa de moda e continua a ter uns quantos achados, basta ter paciência para correr tudo a pente fino. Armas, moedas e selos antigos são as peças mais procuradas por coleccionadores, mas o surreal espreita ao virar de cada esquina na forma de Barbies descadeiradas, electrodomésticos moribundos e bibelôs que desafiam a criatividade dos decoradores mais atrevidos.

Há quem já não passe sem os mercados da Associação Portuguesa de Agricultura Biológica – são nove só na Grande Lisboa. Aos sábados de manhã (e à quarta-feira, em Loures) prepare-se para aquele ritual de fazer compras frescas pela fresca. No Campo Pequeno, no Parque das Nações (com dois spots, norte e sul) e em São Vicente (bem perto da Feira da Ladra) – mas também em Cascais, Carcavelos, Almada, Loures e Sintra – hortaliças e fruta convivem com compotas, pão e outras iguarias. Fique a saber aqui onde, quando e a que horas pode rechear a despensa lá de casa com produtos da terra.

Nunca são demais as visitas à Lx Factory, seja por que motivo for. Ao domingo, encontra o trilho principal ocupado pelas banquinhas do LxMarket. Por lá, vendem-se desde os produtos vindos directamente da terra (na zona dedicada ao LxRural) às já habituais marcas de roupa, acessórios e decoração. 

Se há poiso obrigatório para mercados é o Jardim do Príncipe Real, que todos os fins-de-semana é ocupado por bancas de pequenos produtores e artesãos. O melhor é sacar de um bloco e uma caneta para tomar nota de tudo: todos os sábados (07.00-14.00) há mercado biológico, com fruta e legumes frescos; no último sábado e na última segunda do mês (10.00-18.00) o jardim é palco da Feira de Antiguidades, Velharias e Artesanato do Príncipe Real; o Portugal Real, também de produtos alimentares com iguarias regionais em barda, decorre na segunda sexta-feira e no segundo sábado do mês (10.00-18.00); e, por fim, a primeira sexta-feira e o primeiro sábado do mês são do Sabores de Perdição, com artesanato e produtos naturais.

Primavera, Verão, Outono, Inverno: não há estação que Maria Guedes falhe. Quatro vezes por ano, podemos encontrá-la (e às suas marcas preferidas de roupa, decoração e lifestyle, mais de 100 e quase todas portuguesas) na FIARTIL. O que também nunca falta é animação, comes e bebes.   

É uma das feiras mais populares e com maior afluência de Lisboa, e isso deve-se a muitas das bancas de produtos hortícolas fresquinhos e aos produtos regionais que encontra por lá. Não falta roupa para qualquer estação e para todas as idades, produtos para a casa e brinquedos para os mais novos. No meio das compras ainda pode meter no bucho uma bela sandes de courato, uma amostra do espírito feirante que se vive todas as semanas para estes lados.

O Hype Market é um selo distintivo que associamos ao bairro de Alvalade – uma vez por mês (no último sábado) lá vamos picar o ponto ao mercado. Acontece no número 37 da Avenida da Igreja, no GoPark, mesmo em frente ao Centro Comercial de Alvalade. Há marcas nacionais para conhecer e um espaço infantil onde as crianças se podem entreter, enquanto os pais abrem a carteira. Recentemente ganhou uma edição em Telheiras, desta vez no primeiro sábado do mês. 

O mercado tradicional de Cascais ganhou um nome pomposo, inaugurou um rol de bons restaurantes e tornou-se um novo ponto de encontro da vila. Há uma marisqueira, uma chocolataria, um mexicano, uma queijaria e sítios de comida saudável, para saladas e petiscos. Para além dos vendedores locais com as suas frutas, legumes, peixe, carne, pão e flores. O mercado saloio repete-se todas as quartas-feiras e sábados a partir das 06.30 e aos domingos a partir das 08.00; a feira do levante, uma divertida misturada de roupa, sapatos, loiça, decoração e enxoval acontece às quartas de manhã. Aos domingos, o mercado Artistas no Bairro apresenta pequenas marcas portuguesas de artesanato urbano e design – e nesse mesmo dia, mas apenas no primeiro, terceiro e quinto domingo do mês, a Feira da Bagageira estaciona no parque com artigos em segunda mão, velharias, antiguidades e reciclados.   

Como em todas as boas feiras tradicionais, aqui ouvem-se pregões bem altos, mas não desista. Vale a pena explorar os produtos do campo bem frescos (o lote inclui até galinhas), os frutos secos em barda, a roupa e os acessórios. Para rematar, tem sempre as bancas de farturas e a bifaninha.

É uma das artérias mais movimentadas da cidade, e em alguns dias da semana fica ainda mais animada com as banquinhas da Feira da Avenida. Aos produtos biológicos junta-se o chamado artesanato urbano, identificável à distância pelas bolsinhas de retalhos, bonecos em papel maché, e molhos de brincos, colares e pulseiras. Um belo passeio pelo Passeio Público de outros tempos. No Inverno é mensal; entre Maio e Outubro repete-se duas vezes por mês – e há ainda as edições especiais, como a do Natal.