Garrafeira Estado d'Alma
Gabriell VieiraGarrafeira Estado d'Alma
Gabriell Vieira

Seis garrafeiras em Lisboa para encher o copo

Estas garrafeiras em Lisboa são algumas das mais completas e diversas da cidade.

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Ah, o prazer de ouvir a rolha a saltar da garrafa, aquele ecoar que se prolonga no ouvido e  que é sinónimo de vinho a escorregar pela goela. Ah, o gosto que dá perder minutos, horas, em frente a prateleiras com garrafas empilhadas. Ir a uma garrafeira pode ser quase terapêutico. É um exercício de paciência, também. O aconselhamento é fundamental e é para isso que serve quem partilha da paixão pelo vinho e ganha a vida a guiar os outros na escolha da garrafa certa. O ritual é sagrado para quem aprecia a bebida, mas, por vezes, apenas uma necessidade para aquele jantar com amigos ou para oferecer uma lembrança. Assim sendo, dizemos-lhe onde encontra algumas das garrafeiras em Lisboa mais completas e diversas, onde pode ir beber um copo e, se gostar muito, levar uma(s) garrafa(s) para casa.

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Garrafeiras em Lisboa

  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Cinco anos depois de ter aberto na Rua do Alecrim, a Garrafeira Imperial mudou-se para o Príncipe Real, para o espaço onde dantes estava o restaurante Pão à Mesa. Uma loja forrada a garrafas que pretende desmistificar o mundo dos vinhos, mostrando que é possível comprar nas garrafeiras a preços acessíveis. À entrada, mesmo ao lado da porta, há até uma ardósia com algumas das promoções em vigor. Nas estantes estão os vinhos acima de 10€, havendo depois uma zona para os vinhos mais baratos e outra, sempre em crescendo, para os vinhos naturais. Para os especialistas da poda, há um cofre onde se esconde a Imperial Wine Society, que guarda os vinhos mais especiais (e caros), apenas para aqueles que o vêem como investimento. 

  • Coisas para fazer
  • Campo de Ourique

Não é tão velha quanto alguns dos estabelecimentos que figuram nesta lista, mas por cá anda desde 1988, ano em que o senhor Arlindo Santos decidiu arregaçar as mangas e dar vida a esta garrafeira. Desde então o negócio cresceu exponencialmente e, além de referências nacionais, a oferta inclui vinhos do mundo, como o libanês. Se quiser receber bom vinho em casa com toda a comunidade, mande vir da loja online.

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  • Compras
  • Lojas de bebidas alcoólicas
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Esta garrafeira na Rua Alexandre Herculano é paragem obrigatória para quem aprecia um atendimento competente, que se preocupa em adequar as sugestões ao gosto do cliente. Além de muitas referências incontornáveis, este é um espaço onde se encontram vinhos de produções pequenas e outras surpresas que passariam despercebidas ao comum apreciador. A loja online facilita todo o processo com a organização por categorias. Pode receber vinhos em todo o país e os portes de envio ficam por 9€. Na loja encontra também parafernália vínica para elevar o nível da prova em casa.

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  • Lojas de bebidas alcoólicas
  • Baixa Pombalina

Nas mãos da mesma família desde o dia de abertura, a Garrafeira Nacional, que nos últimos anos estendeu os seus tentáculos a mais duas lojas em Lisboa (a GN Cellar, na Baixa e ao Mercado da Ribeira), continua a ser o sítio certo para descobrir vinhos caros, comprar os mais correntes, as bebidas espirituosas, os licores, tudo. Tem tanta oferta, muita dela rara, que existe mesmo um museu com garrafas especiais, tanto portuguesas como estrangeiras, visitável na loja original da Rua de Santa Justa, agora em remodelação. Não pense porém que tudo aqui está coberto de pó. Antes pelo contrário:até avaliam (e podem comprar) garrafas que tenha em stock. A loja online também facilita todo o processo de compra. 

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  • Lojas de bebidas alcoólicas
  • São Sebastião

Abriu portas em 2011 e, desde então, é uma referência para a compra de vinho na zona das Avenidas Novas. A escolha é vasta, o atendimento cuidado, mas uma das características mais interessantes é que se costumam realizar jantares vínicos na Casa do Bacalhau com um produtor em destaque. Além disso, realizam-se provas e encontra uma cuidada selecção de produtos açorianos, como manteiga, queijos e enchidos. Até porque a vida não é só vinho.

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  • Lojas de bebidas alcoólicas
  • Santos

A montra branca não passa despercebida a quem cruza a Rua de Santos-O-Velho. A embelezar a vista estão sempre variadas sugestões que convidam a entrar e a querer saber mais. Lá dentro, encontra uma selecção cuidada de vinhos e bebidas espirituosas, incluindo rótulos estrangeiros, caso queira aventurar-se na prova de garrafas desconhecidas. Comercializam também pequenos produtores que recorrem a métodos pouco invasivos de vinificação.

Para beber um copo

  • Chiado/Cais do Sodré

É possivelmente o bar de vinhos mais pequeno da cidade. Mas também onde cabem inúmeras referências de produtores de vinhos com pouca intervenção, orgânicos, biodinâmicos ou sustentáveis. Brian e Jennifer Patterson foram quem abriu o espaço em 2019. Agora está outro casal aos comandos da ovelha negra da cidade. Bruna Aguiar e Lucas Ferreira prometem manter em prática a essência do espaço e até trazer novos rótulos.

  • Cafés
  • Beato

Do Cais do Sodré, mudou-se para a Penha de França. E tornou-se, de novo, o sítio a visitar para beber bom vinho e provar comida descomplicada, sazonal, de bistrô. Ramon Ibañes continua a ser o proprietário e mentor de tudo o que é feito. Em matéria vínica, a aposta continua a ser feita em pequenos produtores, que optam por métodos de produção menos artificiais.

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  • Mercearias finas
  • Santos

Antes de abrir a Comida Independente, Rita Santos andou a viajar pelo país, a conhecer produtores, os seus métodos e os seus produtos, a ser encaminhada de um produtor de azeite para um queijeiro e deste para o criador 
de gado de cada zona. Nesta mercearia em Santos, que volta 
e meia funciona como bar de vinhos, encontra uma vasta oferta – seja para provar na hora ou para levar. Do outro lado do balcão, encontrará gente entendida, pronta a recomendar-lhe garrafas de pequenos produtores, repletas de qualidade.

  • Enotecas
  • Lisboa

Jenifer Duke deixou Nova Iorque e mudou-se para Berlim, onde se iniciou no mundo dos vinhos orgânicos. Mas cansou-se da cidade e do tempo rigoroso. Precisava de “ver o horizonte”, como nos tempos em que viveu na Califórnia. Por isso, escolheu a Costa da Caparica para voltar a ver o mar e, por fim, fixou-se em Lisboa, depois de se apaixonar pela cidade. Entretanto, abriu o Rebel Rebel, na Estrela, um bar de vinhos orgânicos, onde se encontra produtores locais de todo o mundo.

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  • Mercearias
  • Castelo de São Jorge
  • preço 2 de 4

Na Prado Mercearia não só se come do bom e do bonito, a metade do preço do Prado, como se bebe bem. Os vinhos são todos naturais, orgânicos e biodinâmicos. Se não sabe o que é que isso quer dizer exactamente, não se preocupe: vá, experimente e descubra. Todas as semanas há uma nova selecção para ser servida a copo. Para ajudar a escolher, é só pedir ajuda. Confie porque é tudo bom.

  • Lisboa

Uma advogada francesa, uma viagem reveladora e uma paixão inesperada. Assim se resume a história de O Pif, o novo bar de vinho a copo dos Anjos, que também faz distribuição na cidade. Entre rosé, tinto, branco e espumante, encontramos n’O Pif pouco mais de duas dezenas de referências. Todas portuguesas, de pequenos produtores e de pouca intervenção, escolhidos a dedo por Adélaïde Biret. A copo (desde 4€), os vinhos disponíveis vão rodando e vêm para a mesa, no interior ou no exterior, acompanhados de uma garrafa de água e de azeitonas temperadas. Para complementar, há queijo (6€) e outros petiscos como burrata artesanal (8,50€), rillettes com picles (8€) e chouriço de porco preto cru com kimchi (7€), que incluem sempre um cesto de pão, da Terra Pão.

Para quem prefere a cerveja ao vinho

  • Cervejaria artesanal

A cerveja artesanal demorou a impor-se em Lisboa, mas hoje já não vivemos sem ela. E cada vez menos gente encara o consumo como uma "moda", mas antes como uma evolução natural da nossa relação com a cerveja. Não é por acaso que cada vez mais sítios, desde restaurantes típicos portugueses a auto-intituladas tabernas asiáticas, têm pelo menos uma marca e duas ou três variedades de cerveja artesanal por onde escolher. E depois há os sítios especializados, onde as pessoas vão de propósito para beber uma fresquinha. Desde restaurantes a brewpubs, bares e lojas, estes são os melhores sítios para beber cerveja artesanal.

  • Pubs

Segundo dados da British Beer and Pub Association, o número de pubs por terras de Sua Majestade está em queda. Mas nem tudo são más notícias e, como é sabido, a perda de uns é o ganho de outros. Levando a máxima à letra, Lisboa tem visto nascer alguns desses pedaços da cultura britânica ao longo dos anos. E ainda que o rótulo de moda possa estar distante, os balcões vão-se enchendo, os copos de Guinness vão-se bebendo e o palco para jogos de futebol e música ao vivo é cada vez mais apetecível. Entre, sente-se, peça uma pint bem medida e agradeça-nos depois por lhe mostrarmos os melhores pubs em Lisboa.

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