Aula teórica antes de encher o copo “Biológicos”, “naturais”, “sem sulfitos”, de vinificação “alternativa”. Estes conceitos de vinho são todos diferentes, apesar de se poderem tocar em alguns pontos.
Para poderem ter a palavra “biológico” no rótulo, os vinhos têm de ter uma certificação. A sua viticultura tem de obedecer a regras que promovem a sanidade do ambiente e a biodiversidade do local, permitindo a utilização de certos produtos fitoquímicos menos abrasivos (sobretudo o cobre e o enxofre), mas proibindo muitos outros.
Já o “natural” não é uma nomenclatura oficial nem existe certificação para tal. Simplificando, alguns produtores chamam “naturais” aos vinhos em que apenas se espera que o sumo da uva fermente até ser vinho, sem qualquer intervenção pelo meio ou adição de produtos, nem mesmo os sulfitos. Por vezes, para dar um ar mais “natural”, os produtores até deixam estes vinhos propositadamente turvos.
Os vinhos “sem sulfitos” são feitos como qualquer outro convencional, apenas não lhes são adicionados sulfitos, que são compostos que se encontram em muitíssimos alimentos e vão estabilizar e impedir a oxidação do vinho, prolongando a sua vida. Os sulfitos, sobretudo na quantidade baixa que hoje em dia é utilizada na maioria dos bons vinhos, não fazem mal a quase ninguém, podendo apenas causar desconforto a quem lhes tenha alergia.
Finalmente, uma vinificação “alternativa” pode ser apenas um vinho em que se usou uma técnica fora do comum na produção. Mas todos estes tipos de vinho vêm, normalmente, de produtores e enólogos que se preocupam com o impacto ambiental e/ou social do seu negócio. E se isto não é espírito natalício...
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