Impeachment: American Crime Story
Tina Thorpe/FXImpeachment: American Crime Story
Tina Thorpe/FX

A versão de Lewinsky sobre o escândalo que quase fazia cair Bill Clinton

‘Impeachment: American Crime Story’ tem o ímpeto, mas também um senão: o facto de Monica Lewinsky ser uma das produtoras fez com que fosse representada como uma vítima demasiado cândida.

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★★★☆☆

Após o julgamento de O.J. Simpson e o assassínio de Gianni Versace, Ryan Murphy subiu a parada de American Crime Story ao dramatizar, em Impeachment (FOX) o escândalo sexual que em 1998 envolveu o então Presidente dos EUA Bill Clinton e a jovem Monica Lewinsky, que trabalhou como estagiária na Casa Branca, e quase levou à destituição daquele. Impeachment é contado do ponto de vista das duas principais protagonistas, Linda Tripp (uma irreconhecível Sarah Paulson), a funcionária do Pentágono que pôs a bola a rolar, e Lewinsky (Beanie Feldman), que lhe confidenciou ter andado enrolada com Clinton.

A história tem o ímpeto, o detalhe e a tensão de um enredo policial, nunca perdendo o norte narrativo apesar da complexidade da trama e da profusão de personagens. Dá ao espectador pouco tempo para respirar, apresenta em paralelo um panorama do inclemente ecossistema político de Washington, e espreme o melhor de um enorme elenco em que sobressai, para além de Paulson e Feldstein, Clive Owen num Clinton patibular e mostrado como o vilão do caso. Único senão: o facto de Monica Lewinsky surgir como uma das produtoras de Impeachment e os diálogos terem passado por ela, sendo representada como uma vítima (demasiado) cândida e incauta do inequivocamente priápico Presidente.

Críticas de televisão

  • Filmes

★★★★☆

Há uma vibração saborosamente lovecraftiana na série Arquivo 81 (Netflix), baseada num podcast. Tecnologia e magia unem-se para contar uma história que consegue manter-nos firmemente intrigados e arrepiados, apesar de estar cheia de elementos familiares e de personagens que não enganam quem bate há muito tempo os territórios do fantástico e do horror.

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  • Filmes

★★★☆☆

O feitio da inspectora Petra Delicato, da Polícia de Génova, protagonista da série Petra (FOX Crime. Sex 22.00) tem muito mais a ver com o seu nome do que com o apelido. No policial, um herói caracterizado de forma original e bem vincada, é mais do que meio caminho andado para cativar o leitor ou o espectador.

  • Filmes

★★★★☆

O filme de Patrícia Sequeira, uma versão fatiada e encurtada da série, com quase duas horas, chamou-se Bem Bom, mas a versão televisiva vem com um título diferente, Doce (RTP1, Sáb 21.00). Seria mesmo necessário tê-lo alterado? Pouco importa, é apenas um pormenor. A história das Doce só beneficia com mais duração para ser contada no seu formato alargado para televisão.

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