Empire
É com certeza preciso uma certa paciência e paixão cinéfila a toda a prova, pelo menos uma garrafa de litro de água (chá, uísque, tequila, vodca, red bull… É riscar o que não interessa s.f.f.) e algumas barras energéticas (ou em alternativa umas sandes de cozido e duas mousses de chocolate) para assistir às oito horas e cinco minutos de Empire, o filme realizado em 1964 por Andy Warhol. Um grau de dificuldade elevado, como se vê, porque 485 minutos são 485 minutos, e porque nestes 485 minutos não acontece – não há outra maneira de pôr a coisa – nada, a não ser umas subtis mudanças de luz. Porém, sendo obra de Warhol é obrigatório ver este plano fixo do Empire State Building, o que, por outro lado, facilita os intervalos para idas à casa de banho e cigarradas, pois no regresso à sala a coisa estará praticamente na mesma. Resumindo: pela primeira vez a Cinemateca exibe a versão integral deste filme “que retrata um dos grandes ícones de Nova Iorque, aqui assumido como uma representação metonímica da própria cidade” – e os cinéfilos têm uma oportunidade de mostrar a sua raça.
Sábado, 4, 15.00