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©Clay Enos/Warner Bros. Entertainment Inc. and Ratpac-Dune Entertainment LLC
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Gal Gadot: "A Mulher-Maravilha é maior do que eu"

A israelita Gal Gadot é a ‘Mulher-Maravilha” no novo filme da DC, realizado Patty Jenkins. Falámos com a actriz

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Gal Gadot cresceu em Tel Aviv. Queria ser advogada, mas foi convencida a concorrer a Miss Israel em 2004. Seguiu-se uma carreira na moda, interrompida pelos dois anos de serviço militar obrigatório. Hoje, é a Mulher-Maravilha da DC. Quando lhe perguntamos como se está a sentir, a cuidar de um bebé de um ano e com uma agenda repleta de entrevistas, ela responde com um sorriso: “Estou constantemente cansada, mas tenho muita sorte.” 

Quando fizeste a audição para a Mulher-Maravilha, em Batman vs Super-Homem: O Despertar da Justiça, não sabias no que estavas a meter. Que balanço fazes do papel?

Na altura não sabia, mas acho que a Mulher-Maravilha é o meu papel de sonho. Desde que vim para Hollywood que me perguntam qual é o meu papel de sonho, e eu não sabia o que responder, mas dizia sempre que queria interpretar mulheres independentes e confiantes.

Querias ser mais do que uma dama em apuros?

Claro. Cresci a ver as mulheres como princesas ou ajudantes. Tinhas a Meryl Streep, a Penelope Cruz, a Charlize Theron, mas não era norma haver grandes papéis para mulheres.

Há toda uma geração de raparigas, incluindo as tuas filhas, que vai crescer contigo como modelo. É uma grande responsabilidade?

Sim. É muito importante que as raparigas sejam expostas a figuras femininas fortes. Tal como os rapazes têm o Batman e o Super-Homem, as raparigas precisam de ter princesas guerreiras. Por outro lado, enquanto actriz, tento apenas interpretar as personagens da maneira mais interessante possível. Estou a tentar não pensar nessa responsabilidade.

Estavas preocupada por vestir uma roupa tão reveladora?

Não. Adorei. Acho que há uma ideia errada sobre o que é o feminismo. Para mim o feminismo tem a ver com liberdade. E a Mulher-Maravilha não tem quaisquer problemas como os eu corpo, por isso não há razão para estar constantemente tapada. Até porque vem de Themyscira, uma ilha quente. E é prático para lutar.

O que te disse a tua filha de cinco anos quando te viu vestida de Mulher-Maravilha?

Perguntou-me: “Mão, porque é que tens uma tiara? Quer dizer que és uma rainha e eu uma princesa?” Ela adorava brincar com o meu laço, mas depois de duas ou três visitas ao estúdio a razão por que ela mais gostava de lá estar era porque havia muitos doces.

Achas que é importante ela ver-te a trabalhar?

Sim. Todas as mães trabalhadoras se sentem um pouco culpadas. Quando ela nasceu, lembro-me de perguntar ao meu marido: “Como é que vou ser capaz de voltar a trabalhar?” E ele respondeu que tinha de pensar que tipo de modelo queria ser para ela. Estou a ensinar à minha filha que estou a perseguir um sonho, a trabalhar duro. É importante mostrar que tens de trabalhar no duro, que nem sempre é divertido.

Foste Miss Israel, mas tanto quanto sei eras uma miss rebelde. Confirmas?

Sim. E eu nem sou uma pessoa nada rebelde. Entrei no concurso pela experiência, achei que ia ser algo para contar aos meus netos. Não esperei ganhar, mas ganhei. E estava com medo que fosse voltar a ganhar o concurso de Miss Universo, por isso fiz tudo o que podia para garantir que não ganhava. Pedem-te para tomares o pequeno almoço de vestido e maquilhada. E eu não sou esse tipo de pessoa. Não levava aquilo a sério.

Estiveste dois anos no exército, e foste instrutora de recrutas. Eras dura?

Não. Sou uma rapariga simpática.

A Mulher-Maravilha é o primeiro filme de super-heróis com uma protagonista feminina em mais de uma década. Sentes a pressão?

Não. Acho que fizemos um bom filme – que as horas e os dias e os meses que passámos a trabalhar valeram a pena. Agora só espero que as pessoas gostem. Até porque a Mulher-Maravilha é uma personagem icónica. É maior do que eu. Ela já cá estava antes dos meus pais e vai continuar a existir depois de todos nós.

Quem eram as tuas modelos femininas?

Posso escolher duas? A Maya Angelou e a Madonna.

Quase desististe da carreira de actriz há um par de anos. Porquê?

Ser actriz é uma profissão difícil. A rejeição é constante, é uma loucura. É cansativo. Por isso estava a pensar desistir. Mas depois consegui o papel de Mulher-Maravilha.

+ Mulher Maravilha: a evolução de um ícone

Longa vida aos Super-Heróis

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Gal Gadot cresceu em Tel Aviv. Queria ser advogada, mas foi convencida a concorrer a Miss Israel em 2004. Seguiu-se uma carreira na moda, interrompida pelos dois anos de serviço militar obrigatório. Hoje, é a Mulher-Maravilha da DC. Quando lhe perguntamos como se está a sentir, a cuidar de um bebé de um ano e com uma agenda repleta de entrevistas, ela responde com um sorriso: “Estou constantemente cansada, mas tenho muita sorte.”  

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