Matthieu Delaporte, Alexandre De La Patellière
©DR | | 'O Conde de Monte Cristo', de Matthieu Delaporte e Alexandre De La Patellière
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Oito filmes a não perder na Festa do Cinema Francês

A Festa do Cinema Francês assinala 25 anos de existência com mais de 50 filmes, 18 dos quais antestreias, e uma grande retrospectiva de Chris Marker. Demos a volta à programação e seleccionámos oito títulos.

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A Festa do Cinema Francês (Cinema São Jorge, 3 a 13 de Outubro) faz 25 anos e celebra a data com duas novas secções, Rir à Grande e à Francesa, composta só por comédias, e Uma Língua, Múltiplos Olhares, com fitas co-produzidas entre a França e a Bélgica; e com uma grande retrospectiva da obra de Chris Marker, o multifacetado e experimentalista autor de La Jetée, que decorre em Novembro na Cinemateca. Haverá ainda este ano uma pequena Secção Competitiva, composta por quatro fitas em antestreia e uma inédita.

A Festa 2024 mostra mais de 50 filmes, 18 dos quais em antestreia, com destaque para a superprodução O Conde de Monte Cristo, de Matthieu Delaporte e Alexandre de Lá Patellière, um dos três títulos mais plebiscitados pelo público francês este ano. O produtor Dimitri Rassam e o actor Patrick Mille são dois dos vários convidados da edição deste ano. A Festa do Cinema Francês visitará ainda, até 30 de Novembro, o Porto, Coimbra, Almada, Oeiras, Viseu, Beja, Lagos e Faro. Demos a volta à programação e seleccionámos oito filmes. Veja aqui toda a programação.

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Festa do Cinema Francês: oito filmes a não perder

O Conde de Monte Cristo

Esta nova versão do imortal romance clássico de Alexandre Dumas, pelos autores da recente adaptação de Os Três Mosqueteiros em duas partes, Matthieu Delaporte e Alexandre de La Patellière, é o filme francês mais caro deste ano, com um orçamento de 43 milhões de euros, e já fez mais de oito milhões de entradas, sendo um dos grandes sucessos de 2024 e o terceiro mais lucrativo da actual temporada cinematográfica em França. Pierre Niney interpreta Edmond Dantès, sucedendo, entre muitos outros no papel, a nomes como Jean Marais, Louis Jourdan, Richard Chamberlain e Jim Caviezel.

Bernardette – A Mulher do Presidente

Catherine Deneuve dá corpo nesta fita a Bernadette Chirac, a mulher de Jacques Chirac, o falecido primeiro-ministro e Presidente da República francês, conhecido pelo seu enorme carisma mas também pelas suas várias indiscrições conjugais. Quando chega ao Eliseu, Bernadette espera ter a posição que merece, por tudo o que trabalhou na sombra para pôr o marido na presidência. Posta de lado, decide tornar-se numa figura mediática. Michel Vuillermoz interpreta Chirac. Léa Domenach realiza.

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Os Novos Vizinhos

Isabelle Huppert interpreta, nesta nova realização do veterano André Téchiné, uma agente da polícia, Lucie, que trabalha no departamento forense e que se afeiçoa aos seus novos vizinhos, um jovem casal que tem uma filha pequena. Mas, quando Lucie descobre que o pai de um deles tem um pesado cadastro, fica dividida entre a sua consciência profissional e a sua vontade de ajudar esta família. E as suas certezas vão ser abaladas.

Paradis Paris

Depois de filmes formal e tematicamente tão diferentes como Persépolis, Galinha com Ameixas ou As Vozes, Marjane Satrapi, iraniana radicada em França, junta, em Paradis Paris, nomes como Monica Bellucci, André Dussollier, Rossy de Palma ou Roschdy Zem, para propôr uma comédia negra e fantástica, sob a forma de um conjunto de histórias interligadas. Estas põem em cena um punhado de habitantes de Paris, que vêem as suas vidas modificadas quando a morte lhes bate à porta.

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Sidonie no Japão

Mais um filme protagonizado por Isabelle Huppert nesta Festa do Cinema Francês 2024. Ela interpreta a Sidonie do título, uma escritora que viaja para o Japão, para assistir ao relançamento do seu primeiro livro, um best-seller, e acaba por se envolver numa relação com o seu editor local. E, para seu espanto, Sidonie depara com o seu antigo marido, desaparecido há vários anos, um acontecimento que nunca mais deixou de a assombrar. Élise Girard realiza.

O Barco do Amor

Uma comédia que se inscreve na boa tradição popular francesa do género, escrita, realizada e interpretada pelo polivalente Bruno Podalydès. Justine, o seu marido e um grupo de amigos arranjam a solução para os seus problemas de dinheiro. Trata-se de organizar um falso cruzeiro romântico fluvial para um investidor endinheirado, que procura seduzir uma mulher, e paga bem a quem o ajudar a consegui-lo. Também com Sandrine Kiberlain, Daniel Auteuil e Denys Podalydès.

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Aznavour por Charles

Durante mais de 30 anos, Charles Aznavour, usando uma máquina de filmar que lhe foi dada por Edith Piaf em 1948, registou os mais variados aspectos da sua vida pessoal e profissional: viagens, concertos, momentos íntimos com familiares e amigos, etc. Pouco antes de morrer, em 2018, com 94 anos, Aznavour, que tinha todo este material catalogado e guardado na sua casa do Sul de França, confiou-o ao seu produtor e amigo Marc Di Domenico (também autor de um documentário biográfico sobre ele, Autobiographie), para que o transformasse num filme. E foi o que Di Domenico fez, com a colaboração de Mischa, um dos filhos do artista. Aznavour por Charles passa na Festa do Cinema Francês para assinalar os 100 anos do nascimento do lendário e popular cantor.

Sans Soleil

Incluído na grande retrospectiva que a Festa do Cinema Francês dedica a Chris Marker, Sans Soleil, de 1983, é um filme singularíssimo e quase impossível de rotular. Um misto de documentário experimental em formato de “mosaico”, e de ensaio visual de montagem, com um pequeno núcleo ficcional, e composto por imagens de arquivo, de filmes e programas de televisão japoneses, e de outras fitas, bem como por imagens rodadas por Chris Marker em lugares como o Japão, Cabo Verde ou Paris. O enigmático título remete para uma peça do compositor russo Mussorgsky.

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