Let the Right One In, Royal Court
© Manuel Harlan
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Oito filmes de terror para ver a dois

Nem todos os casais se entusiasmam com comédias românticas. Estes são os melhores filmes de terror para ver a dois.

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O amor, às vezes, pode ser muito macabro. Por isso, em vez de escolherem um romance cómico ou dramático para ver de mãos dadas, escolham um destes oito filmes de terror para ver a dois. Há desde películas mais obscuras, como The Sinful Dwarf (1976), do realizador dinamarquês Vidal Raski, e The Loved Ones (2009), do australiano Sean Byrne, a clássicos do género como A Mosca (1986), do mestre canadiano David Cronenberg, ou mesmo o mais recente, e estreado em Cannes, Vai Seguir-te (2015), do cineasta norte-americano David Robert Mitchell.

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Oito filmes de terror para ver a dois

‘The Sinful Dwarf’, de Vidal Raski (1973)

Um filme obscuro, como este do realizador dinamarquês Vidal Raski, é um excelente exemplo de como o amor pode ser perverso pela simples razão de que nada parece o que é. Quer dizer: casado de fresco e sem cheta, um casal tem de partilhar o decrépito alojamento que encontrou com um anão. E antes que alguém grite discriminação, diz-se já que o tamanho da personagem interpretada por Toren não tem importância nenhuma. O problema é Olaf gerir uma rede de prostituição e guardar no sótão uma colecção de adolescentes que raptou e que, sim, conservadas em generosas doses de heroína, usa precisamente para o que estão a pensar. E isto ainda é o menos.

‘O Assassino Romântico’, de George Mihalka (1981)

Apesar do título em português, este é o clássico My Bloody Valentine, parte do dinâmico cinema de terror da década de 80, embora nem de longe um dos seus melhores exemplos. A história engendrada por George Mihalka é assombrada pelo passado, pois, uns 20 anos antes, naquela cidade curiosamente chamada Valentine Bluffs (porque foi participar no baile do Dia dos Namorados) o supervisor de segurança de uma mina não estava no seu lugar para evitar uma trágica explosão. O homem foi mais tarde morto pelo único mineiro sobrevivente. A festa foi cancelada. Até ao dia em que uns jovens resolvem quebrar a tradição… E a matança começa. 

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‘A Mosca’, de David Cronenberg (1986)

É uma história de amor amaldiçoada pela ciência, esta, dirigida por David Cronenberg, com Jeff Goldblum e Geena Davis, e, ao mesmo tempo, um dos grandes filmes do cinema de terror e um sério aviso a quem se apaixona por cientistas. Ao princípio, Seth e Veronica, uma jornalista, têm apenas o interesse profissional em comum: ele quer ver o seu invento divulgado; ela quer divulgá-lo em primeira mão, mas acha que pode ser desenvolvido e tornar-se num verdadeiro teletransportador como aqueles do Star Trek. Entretanto, os sentimentos desenvolvem-se e de profissional a relação passa a ter pouco. Vai o romance em velocidade de cruzeiro, a experiência científica idem, quando se dá o desastre da transmutação de Seth numa mosca gigante e repelente e o amor entre os dois é definitivamente posto à prova. 

‘A Noiva de Chucky’, de Ronny Yu (1998)

Katherine Heigl nem sempre foi a princesa da comédia romântica, mas Jennifer Tilly já tinha uma certa rodagem no género quando chegou a este episódio da saga do boneco assassino. É ela, Tiffany, ainda apaixonada pela anterior persona de Chucky, que reúne os pedaços do boneco deixados no final do episódio anterior e, através de um ritual satânico, faz reviver o assassino maníaco. Maníaco ao ponto de cismar na necessidade de uma compincha no crime, matar Tiffany, e dar-lhe vida, por via de outro ritual, agora como boneca e noiva. Consequências? Que dizer? Deixem o sangue correr livremente?

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‘Meatball Machine’, de Yudai Yamaguchi e Jun'ichi Yamamoto (2005)

Neste filme de Yudai Yamaguchi e Jun'ichi Yamamoto, a questão que se põe é saber se se ama tanto alguém que somos capazes de combater um parasita extraterrestre instalado no corpo, que, aos poucos, transforma o hospedeiro numa máquina de matar cibernética. É muita areia para um homem tímido amando uma rapariga à distância que finalmente conseguiu aproximar-se e chamar-lhe a atenção. Claro que lutar contra um parasita com más intenções não é fácil e rapidamente o entrecho chega ao que interessa, isto é, um festival de sangue e tripas e… 

‘Deixa-me Entrar’, de Tomas Alfredson (2008)

Este filme de Tomas Alfredson passa-se nos arredores de Estocolmo, onde um rapaz, vítima de uns rufias na escola e sedento de vingança, conhece uma rapariga de 12 anos que só sai à noite, não se reflecte nos espelhos e não suporta comida comum, e cujo pai, vem-se a saber, é um assassino em série dedicado a drenar o sangue das suas vítimas para alimentar a filha. Variante de história de vampiros e de romance bizarro, metáfora sobre a adolescência ou sobre o perdão? Interessa é que os rufias estão feitos. Tudo por causa do amor.

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‘The Loved Ones’, de Sean Byrne (2009)

Continuando a vasculhar a obscuridade cinematográfica, este filme do realizador australiano Sean Byrne mostra como o amor quando dói, dói, através de uma história tão retorcida quanto exemplo de como o terror mais mórbido pode ser realmente divertido. Tudo porque Brent, embeiçado por Holly, recusou o convite de Lola para um baile. A rapariga não gostou e, por estranhos e inverosímeis meios e recursos, monta um sádico espectáculo com o rapaz como protagonista.

‘Vai Seguir-te’, de David Robert Mitchell (2015)

Não há nada de errado com um filme de terror badalhoco – membros a voar, monstros de cartão, péssimas interpretações. Mas há algo de particularmente prazenteiro, ainda que perturbador, num filme de terror em que cada plano, cada fala, cada batida foi minuciosamente pensada para assustar o espectador. Vai Seguir-te é um bom exemplo: o realizador David Robert Mitchell sabe perfeitamente o que pretende e para onde nos está a levar em cada segundo desta história sobrenatural suburbana, esparsa e precisa, mas multidimensional, sobre o desejo sexual e as suas consequências.

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