First Dates
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"First Dates" é um espectáculo indigente e pindérico

O programa da TVI promove encontros num restaurante. Eurico de Barros dá uma estrela ao formato.

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★☆☆☆☆

A previsibilidade, a pobreza, a falta de imaginação e o anquilosamento das televisões generalistas, tolhidas pelo colete de forças das audiências que eventualmente as tornará obsoletas e levará à extinção, é também visível na contraprogramação que fazem.

Depois do lastimável Casados à Primeira Vista, a SIC saiu-se com O Carro do Amor – homens e mulheres à procura da alma gémea conhecem-se durante uma viagem de automóvel. E a TVI respondeu com First Dates (Seg a Qui, 19.10) – homens e mulheres à procura da alma gémea conhecem-se durante uma refeição num restaurante.

Ambos os programas são variantes para TV do speed dating (que, nem por acaso, foi criado em 1998 por um executivo de uma televisão americana chamado Antony Beilinsohn), um sobre quatro rodas, o outro à mesa de um repasto.

Tendo Fátima Lopes a alcovitar, First Dates procura fazer passar como recreação legítima (ou mais ridículo ainda: como “experiência social”) o chão, indigente, pindérico e bocejante espectáculo de um grupo de pessoas, na sua esmagadora maioria sem pinga de interesse, a tentar fazer faísca amorosa umas com as outras.

Há reality shows que atentam contra a dignidade humana. First Dates atenta contra o conceito de entretenimento.

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É inevitável falar em A Guerra dos Tronos quando se fala de televisão em 2019. Afinal, a estreia da oitava e última temporada da série de fantasia medieval da HBO (transmitida pelo canal SyFy em Portugal), em Abril, vai ser o grande momento televisivo do ano. Mas há mais séries para ver.

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Sem surpresa, o ano de 2018 foi profícuo na televisão. São cada vez mais os nomes grandes de Hollywood, entre actores e realizadores, a aventurarem-se no pequeno ecrã (ou nos vários ecrãs). Uma consequência do crescente investimento dos canais nas suas produções. Em 2018 estrearam-se séries como há muito não acontecia e estas dez foram as melhores que vimos e até Portugal parece ter finalmente acordado para esta realidade. Sara não passou despercebida e ainda bem. Esperamos que seja apenas o início de uma era dourada também para a ficção nacional. 

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