Bram Stoker's Dracula, Best Costume Design, 1993

Os dez melhores filmes de vampiros

Desde os primórdios do cinema que os vampiros pairam sobre o grande ecrã. Estes são os melhores filmes de vampiros

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Existem alusões ao vampirismo há milhares de anos, da Mesopotâmia e da Índia à Grécia antiga, passando pelo Sudeste asiático, o continente africano, as Américas e, claro, o Leste europeu. Estes vampiros folclóricos eram, porém, criaturas diferentes dos vampiros em que pensamos hoje, inspirados por textos literários como O Vampiro (1819) de John Polidori, Carmilla (1872) de Sheridan Le Fanu, ou o Drácula (1897) de Bram Stoker. Autores que, directa ou indirectamente, influenciaram os melhores filmes de vampiros que ao longo das décadas assombraram o grande ecrã, do Nosferatu de Murnau aos empregados e empregadas de bar de alterne de Aberto Até de Madrugada, rodado por Robert Rodriguez a partir de um guião de Quentin Tarantino.

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Os melhores filmes de vampiros

Nosferatu, o Vampiro (1922)

Le Manoir du Diable, uma curta de três minutos filmada por Georges Méliès em 1896, é considerado o primeiro filme de terror. E de vampiros. Mas o primeiro clássico vampiresco? Esse é sem dúvida Nosferatu, O Vampiro (1922), de F. W. Murnau. Um plágio – perdão, adaptação não-autorizada – do Drácula de Bram Stoker, cujo génio e influência continuam a fazer-se sentir. A forma como Murnau ilumina as cenas e as desenvolve como um torvelinho de sentimentos, por si só é suficiente para a criação da atmosfera densa e misteriosa que ainda hoje tantos realizadores procuram.

Drácula (1931)

Pode-se dizer que a adaptação de Todd Browning do romance de Bram Stoker é a primeira fiel ao original. O que é uma vantagem, tanto mais porque acrescentada pela interpretação de Bela Lugosi, que se tornou icónica, mas principalmente pela forma expedita e incisiva de Browning filmar o mais peculiar nos seres humanos nos seus melhores, mas principalmente nos seus piores momentos, o que muito influenciou outros cineastas na definição do género.

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Vampiro (1932)

Um dos maiores realizadores de sempre, o dinamarquês Carl T. Dreyer, também abraçou o mito do vampiro romântico-cruel nesta produção franco-germânica a que geralmente não se liga nada. A verdade, porém, é que Dreyer, inspirado pelos romances de Le Fanu, com a sua vulgar história da aldeia amaldiçoada e do seu heróico estudante do oculto e do vampirismo que há-de resolver tudo, acrescentou ao género um manto de psicologia, particularmente exemplar e notável na peculiar sequência do sonho.

O Horror de Drácula (1958)

O Horror de Drácula (1958), de Terence Fisher, uma criação da produtora britânica Hammer (que se tornaria praticamente sinónimo de cinema de terror durante a década seguinte), revitalizou o subgénero gótico. Em grande parte graças a Christopher Lee, na primeira das suas oito interpretações da personagem, com o seu olhar penetrante (que também servia para compensar o parco diálogo) e a sua pose aristocrática e simultaneamente ameaçadora e sensual.

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Nosferatu, o Fantasma da Noite (1979)

Werner Herzog dirige o seu melhor inimigo, Klaus Kinski, nesta versão assumida do clássico de Murnau. Como de costume na sua relação cinematográfica, durante a rodagem, Herzog e Kinski pegaram-se e despegaram-se, amaram-se e odiaram-se, e, também como de costume, acabaram fazendo um filme único, onde o actor alemão interpreta o seu Drácula muito mais como um assassino em série do que um cavalheiro da nobreza com inclinação por pescoços virgens.

Drácula de Bram Stoker (1992)

Com direcção de Francis Ford Coppola, Drácula de Bram Stoker é, a par do Nosferatu original, o melhor de todos os filmes sobre o maior vampiro da ficção. O realizador parte dos factos históricos conhecidos sobre Vlad, o Empalador, para, sobre a batalha de vontades entre Van Helsing (Anthony Hopkins) e o vampiro, criar um sub-enredo carregado de romantismo completamente fiel ao original. Gary Oldman interpreta o papel como um homem movido pela raiva e pelo desejo de vingança, acrescentando substância psicológica e maldade em estado puro à personagem.

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Entrevista com o Vampiro (1994)

Realizado por Neil Jordan, a partir do romance homónimo de Anne Rice, Entrevista com o Vampiro é ao mesmo tempo um épico de terror pesaroso e uma história de amor, companheirismo e obsessão. Com Brad Pitt, Tom Cruise e uma jovem Kirsten Dunst à frente de um elenco que inclui ainda Christian Slater e Antonio Banderas, entre outros, o filme atravessa décadas e continentes, do final do século XVIII até aos nossos dias.

Aberto Até de Madrugada (1996)

Robert Rodriguez é o realizador e Quentin Tarantino o argumentista e co-protagonista desta história em que dois ladrões fazem uma família refém e se dirigem a um bar de alterne no México. O que eles não imaginavam era que os empregados do estabelecimento fossem vampiros sedentos de sangue, neste filme de culto que bebe do cinema policial, de acção, do terror e da exploração sexual de série B.

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Deixa-me Entrar (2008)

O realizador sueco Tomas Alfredson criou uma estranha história de amor entre um rapaz de 12 anos e um vampiro com séculos de existência que parece… uma rapariga de 12 anos, embora provavelmente não o seja. Kåre Hedebrant e Lina Leandersson são exemplares nos papéis de Oskar e Eli, e a realização demonstra grande mestria no desenvolvimento do entrecho, explorando a ambiguidade com grande sensibilidade e usando de pouca ou nenhuma subtileza quando é preciso que o sangue corra.

Uma Rapariga Regressa de Noite Sozinha a Casa (2014)

Um dos filmes mais curiosos e estimulantes deste século passa-se no Irão, é falado em persa, custou uma ninharia, e nada disso interessa perante a habilidade de Ana Lily Amirpour na criação desta variação sobre o tema do vampirismo que se tornou um êxito internacional quase instantaneamente. Êxito que começou no Festival de Sundance e que não afastou espectadores, apesar de a cineasta filmar com elegante pachorra e de a história demorar o seu tempo a ser construída e compreendida (enfim, tanto quanto possível). Mais do que a violência, é a paciência da jovem vampira (Sheila Vand) na perseguição e, digamos, preparação da sua presa que está no centro da acção desta obra que vive nas sombras da cidade como uma metáfora sobre a diferença e a resistência à opressão.

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