Masters of The Air
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‘Mestres do Ar’, uma missão mal cumprida

Produzida por Steven Spielberg e Tom Hanks, a série da Apple TV+ apresenta todos os clichés dos filmes de aviação da II Guerra Mundial.

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★★☆☆☆

Em 1990, o realizador inglês Michael Caton-Jones assinou A Bela Memphis, um filme baseado em factos reais, que recria a última e acidentada missão sobre a Alemanha do bombardeiro B-17 com o nome do título, em 1943, antes do regresso aos EUA da sua tripulação. Embora muito bem feito (a produção pôs a voar vários aviões da época, incluindo dois B-17), A Bela Memphis apresenta, mesmo assim, toda uma série de situações feitas, personagens tipificadas e estereótipos de acção militar dos filmes de aviação da II Guerra Mundial que o antecederam. Mais de 30 anos depois, reencontramos todo este arsenal de clichés do género, agora reciclados na série Mestres do Ar (Apple TV+), produzida por Steven Spielberg e Tom Hanks, tal como as anteriores Irmãos de Armas e O Pacífico, e que é a pior das três. Sobretudo pelo fraco realismo e clara artificialidade visual das sequências aéreas e de combate, agora totalmente dependentes dos efeitos digitais (quer por razões de orçamento, quer pela enorme dificuldade logística de pôr no ar as raras máquinas da altura ainda existentes), e que dão menos a sensação de estarmos no interior de um B-17 sob fogo inimigo e prestes a lançar as bombas, do que perante um elaborado jogo de vídeo. Mestres do Ar fica bastante aquém da missão que se propôs cumprir.

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