★★★★☆
Além de ‘Broker – Intermediários’, um dos melhores filmes de 2023, o cineasta estreou na Netflix uma série sobre comida, amizade e tradição.
★☆☆☆☆
“O Zorro é o que é, e deve voltar tal como era”, diz-se a certa altura em Zorro (Prime Video). Mas parece que os autores desta nova série ignoraram as suas próprias palavras. Porque esta versão espanhola das aventuras do herói criado em 1919 pelo escritor popular Johnston McCulley e que já foi interpretado, no cinema e na televisão, por actores como Douglas Fairbanks, Tyrone Power, George Hamilton, Antonio Banderas, Guy Williams (este na série da Walt Disney dos anos 50 que depois deu origem às histórias publicadas no Almanaque do Tio Patinhas e noutras revistas de banda desenhada daquela companhia) ou Frank Langella, não é propriamente fiel à personagem, às suas origens e aos ambientes em que se movimenta, além de estar cheia de efeitos digitais (bem disse Steven Spielberg que os dois filmes com Banderas iam ser os últimos de Zorro sem os ditos).
Neste Zorro revisitado, o justiceiro mascarado cuja verdadeira identidade é Don Diego de la Vega, um jovem, aristocrático e abastado proprietário de terras da Califórnia então ainda espanhola, que finge ser um cobarde, não é o herói original, sucedendo apenas a uma série de indígenas locais que o antecederam a personificá-lo. Por outro lado, e numa manifestação de feminismo retroactivo bizarra e forçada, há também uma Zorro (ou será Zorra?). Trata-se de uma jovem indígena muito irascível, que disputa a personagem a Diego de la Vega – e que fica bastante ridícula vestida como o dito.
Este Zorro é também filmado com o estardalhaço visual de quem quer agradar àquela geração cujo principal entretenimento são os jogos de vídeo e que vê todos os filmes de super-heróis (se o abuso da câmara lenta pagasse imposto, o realizador da série estava sobretaxado – sem falar naqueles saltinhos ridículos que as personagens agora dão nas sequências de acção). E Zorro, além de manejar eximiamente a espada e o chicote, também usa tomahawks e facas como os seus amigos e aliados indígenas, e possui a destreza física anti-gravitacional de um herói das fitas de artes marciais. Não, aqui, Zorro não é o que é, nem volta tal como era. (E ainda por cima, “sanearam” o sargento Garcia.)
★★★★☆
Além de ‘Broker – Intermediários’, um dos melhores filmes de 2023, o cineasta estreou na Netflix uma série sobre comida, amizade e tradição.
★★★★★
Hugh Laurie e Stephen Fry interpretam a versão definitiva das personagens criadas por P.G. Wodehouse, um dos génios britânicos da literatura de humor.
★★☆☆☆
Visualmente embaciada e corriqueira, e narrativamente limitada, a série da TVCine Emotion sacrifica o rigor histórico ao erotismo e aos anacronismo de linguagem.
★★★★☆
A série da HBO Max é inspiradíssima e divertidíssima. Tudo o que há sabe a pouco. Queremos ver mais, o mais depressa possível.
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