★★★★☆
A estrambólica saga de John Stonehouse só poderia ter acontecido em Inglaterra. E só os ingleses lhe poderiam ter feito justiça numa série gostosamente excêntrica como esta. Para ver na Filmin.
Nesta série norueguesa da Netflix, Gunnar Vikene foge aos habituais lugares-comuns das produções ambientadas na II Guerra Mundial. O realizador filma as provações e a capacidade de sobrevivência dos protagonistas, durante o conflito e para lá dele.
★★★★☆
Quando uma plataforma de streaming é superabundante em títulos e está a ser abastecida constantemente, sucede muitas vezes que haja séries excelentes que escapam ao radar do espectador, tanto mais que outras, muitas vezes menores, são promovidas até à exaustão. Uma das que pertence à primeira categoria é a norueguesa O Marinheiro de Guerra (Netflix), a versão para televisão e streaming do filme homónimo que foi proposto pela Noruega à nomeação ao Óscar de Melhor Filme Internacional, e que mostra a II Guerra Mundial de uma perspectiva raramente vista: a dos marinheiros dos barcos mercantes que faziam parte dos comboios aliados de reabastecimento, que iam de Inglaterra e Malta até à antiga URSS. Estes os mortíferos Comboios do Árctico, cujo índice de afundamentos e baixas foi altíssimo.
A história caracteriza-se por um realismo sombrio, impassível e contumaz, e centra-se em dois amigos de longa data, Alfred (Kristoffer Joner) e Sigbjorn (Pal Sverre Hagen), o primeiro casado e com três filhos, que se alistam na marinha mercante porque precisam urgentemente de dinheiro. Mas a guerra entra na equação, os alemães invadem a Noruega e os seus navios mercantes são requisitados pelos aliados, e Alfred, Sigbjorn e muitos outros como eles vêem-se no meio do conflito, atacados por submarinos e aviões no mar e em terra, quando fazem escalas, e com tentações de fugir quando atracam em portos dos EUA. E eles sabem se caírem à água durante uma tempestade ou um ataque, nem o seu barco, nem o comboio mercante vai parar para os recolher.
Realizada e escrita por Gunnar Vikene, O Marinheiro de Guerra não toma partido por nenhum lado, não é maniqueísta e foge aos habituais lugares-comuns das produções ambientadas na II Guerra Mundial. A série é sobre as provações e a capacidade de sobrevivência dos protagonistas, durante o conflito e para lá dele, já que o terceiro e último episódio decorre após a guerra, até à década de 70, e mostra as feridas permanentes deixadas naqueles que a viveram – neste caso, civis ao serviço do esforço militar – e os equívocos cruéis que causou em famílias e entre amigos. O Marinheiro de Guerra é uma verdadeira narrativa trágico-marítima do século XX.
★★★★☆
A estrambólica saga de John Stonehouse só poderia ter acontecido em Inglaterra. E só os ingleses lhe poderiam ter feito justiça numa série gostosamente excêntrica como esta. Para ver na Filmin.
★★★☆☆
Pelas sequências de combate regaladamente ultraviolentas, passadas durante a II Guerra Mundial, perdoamos todos os disparates a esta série da HBO Max.
★★★★★
‘The Prisoner’ é “a” série de culto de entre todas as séries de culto. Nunca passou em Portugal, mas continua a ser de enorme modernidade.
★★★☆☆
Uma série espanhola da Netflix que, não inventando nada, cumpre com o que se propõe: entreter, intrigar e, finalmente, surpreender o espectador.
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