★★☆☆☆
Apenas Harrison Ford se destaca no elenco deslavado desta comédia peso-pluma da Apple TV+. Uma série que não vale o preço da consulta.
★★★☆☆
Málaga, 2010. Durante uma festa dedicada aos Reis Magos, a pequena Amaya Martín, que estava a assistir com os pais, desaparece. A polícia começa a procurá-la, mas não há rasto da menina. Miren (Milena Smit, de Mães Paralelas, de Pedro Almodóvar), uma estagiária de jornalismo num jornal da cidade e que foi recentemente vítima de uma violação de grupo, pede ao seu veterano colega Eduardo (Jose Coronado), encarregue de seguir o caso, para o acompanhar. Baseado num livro de Javier Castillo, escritor bastante na berra hoje em Espanha, A Menina de Neve (Netflix) é uma série que trabalha uma situação clássica da nomenclatura narrativa do policial – a criança misteriosamente desaparecida e procurada por polícias e jornalistas. E que, não inventando nada, cumpre com o que se propõe: entreter, intrigar e, finalmente, surpreender o espectador, graças a um enredo cuidadosamente urdido, desenvolvido e resolvido, que não força nada, está impermeabilizado contra a implausibilidade e mantém o suspense vivo e a palpitar. No papel da tão sofrida como tenaz Miren, a longilínea Milena Smit mostra à saciedade porque é que é um dos nomes mais gabados da mais nova geração de actrizes espanholas. No final de A Menina de Neve, é lançada a sugestão de uma segunda temporada. Que venha.
