Memórias de Uma Escritora
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‘Memórias de Uma Escritora’: Karen Blixen na Dinamarca

A memória das interpretações de Meryl Streep e Robert Redford, e o glamour do filme de Sydney Pollack, têm que ser esquecidos para melhor apreciarmos esta série na Filmin.

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★★★☆☆

O que é que aconteceu a Karen Blixen, a autora de África Minha, depois de ter deixado o Quénia? Doente, sem dinheiro e perspectivas de futuro, regressou à Dinamarca, para morar com a família, abastada e dada às artes, sobretudo à literatura, e tentar editar o seu primeiro livro, Sete Contos Góticos. É esta Keren Blixen que encontramos na série Memórias de Uma Escritora (Filmin), com Connie Nielsen no papel principal. A memória das interpretações de Meryl Streep (mais parecida com a autora do que Nielsen) e Robert Redford, e o glamour exótico do filme de Sydney Pollack de 1985, têm que ser esquecidos para melhor apreciarmos esta série, que se dedica essencialmente aos esforços de Blixen – por vezes, mesmo face à relutância e às dúvidas dos próprios familiares – para ser publicada, o que conseguiria enfim, mas primeiro nos EUA do que no seu país, e à sua posterior consagração. Nielsen compõe, com serena determinação, uma Karen Blixen tenaz e altiva, e vítima dos medicamentos que tomava contra a sífilis que tinha contraído do marido. Menos conseguidas (talvez mesmo desnecessárias) são as recriações dos contos do livro. As várias referências que lhes são feitas pelas personagens bastariam para fazermos uma ideia do tão especial universo literário de Blixen. 

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