Directors discuss Stanley Kubrick: The Shining
Photograph: Warner Bros‘The Shining’
Photograph: Warner Bros

O melhor de Stephen King no cinema e na televisão

Aproveitando a estreia de ‘Lisey’s Story’ na Apple TV +, eis 13 dos melhores filmes, telefilmes e séries inspirados em obras de Stephen King.

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Nascido e criado nos Estados Unidos, Stephen King é um dos grandes nomes da literatura de terror. E muitas das suas histórias foram adaptadas ao cinema e à televisão ao longo das décadas. Carrie, de Brian De Palma, The Shining, de Stanley Kubrick, Christine O Carro Assassino, de John Carpenter, ou A Purificação de Salem, de Tobe Hooper, mas também filmes realistas como Conta Comigo, de Rob Reiner, constam desta lista de obras deste mestre do terror americano que foram levadas ao cinema e à televisão, bem como ao streaming.

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O melhor de Stephen King no cinema e na televisão

Carrie (1976)

O primeiro filme a adaptar um livro de Stephen King é também um dos melhores de todos baseados em obras suas. King até disse preferir o final da fita ao do livro. Sissy Spacek é admirável no papel de Carrie White, a patinha feia do liceu, gozada por todos, mas que tem poderes paranormais que se manifestam de forma temível quando é levada ao limite. Piper Laurie, cuja carreira foi reactivada por esta fita, está fabulosa na mãe fanática religiosa e má como as cobras de Carrie. É também um dos filmes maiores de Brian De Palma.

A Purificação de Salem (1979)

A primeira transposição ao pequeno ecrã de um livro de Stephen King também correu bem. Nesta minissérie realizada por Tobe Hooper, um escritor de sucesso (David Soul) regressa à cidadezinha do Maine onde nasceu e descobre que está a ser infiltrada por vampiros, e que a origem destes é uma velha casa que tinha a reputação de ser assombrada e está agora ocupada por um perito em antiguidades (James Mason, excelente). Uma boa história de vampiros de cepa tradicional, onde o conhecimento cinéfilo destes monstros por parte das personagens principais é fundamental para se manterem vivas.

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The Shining (1980)

Eis uma das adaptações menos consensuais entre todas as que foram feitas ao cinema das obras de Stephen King. Na altura da estreia, o escritor mostrou-se pouco agradado com ela, por, entre outros motivos, “subvalorizar o elemento sobrenatural da história”. Uma posição que King reveria parcialmente mais tarde. Seja como for, a fita de Stanley Kubrick tem muito que se lhe recomende e é um dos grandes filmes de terror ambientados no mesmo espaço fechado do início ao fim.

Christine – O Carro Assassino (1983)

Um carro vintage, um Plymouth Fury branco e vermelho de 1958 chamado Christine, possui e transforma numa pessoa totalmente diferente o rapaz tímido e desajeitado (Keith David) que o encontrou num ferro-velho e restaurou. Uma história clássica, mas em registo sobrenatural, de fixação amorosa e ciúmes, onde os protagonistas são uma máquina e um humano, brilhantemente realizada por John Carpenter. Um dos muitos bons pormenores do filme: o rádio de Christine só toca canções dos anos 50.

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Conta Comigo (1986)

Aqui temos uma das raras transposições para o cinema de um texto não-fantástico do autor, a novela The Body, incluída no livro Different Seasons. É uma história de amizade juvenil e de iniciação à idade adulta, contada em flashback e passada numa vila do Oregon. Quatro amigos vão à procura de uma criança que se perdeu, esperando encontrar o seu corpo e tornar-se heróis locais. Realizado por Rob Reiner, é um dos filmes preferidos de Stephen King tirados de uma obra sua, pelo seu peso autobiográfico e, logo, emocional.

Misery – O Capítulo Final (1990)

O terror sobrenatural dá lugar ao terror realista e psicológico nesta fita sobre um autor de best-sellers românticos, Paul Sheldon (James Caan) que tem um desastre de automóvel na neve, num sítio remoto, e é recolhido e tratado por uma mulher, Annie Wilkes (Kathy Bates, magnífica), que vive numa casa isolada e diz ser a sua maior fã. Só que Annie é também uma psicopata, e não gosta nada quando o escritor lhe diz que vai “matar” Misery, a heroína que lhe deu fama e fortuna. A realização, mais uma vez, é de Rob Reiner.

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It – Palhaço Assassino (1990)

Em 1960, sete miúdos que são atormentados por um grupo de fanfarrões enfrentam uma criatura maléfica que assume a forma de um palhaço chamado Pennywise, alicia crianças, alimenta-se do seu medo e mata-as. Trinta anos mais tarde, os sete, agora já adultos, têm que voltar a confrontar-se com o monstro da sua infância e acabar com ele de uma vez por todas. A minissérie de Tommy Lee Wallace faz plena justiça a um dos melhores e mais assustadores livros de Stephen King. Obviamente interdita a quem tem terror de palhaços.

Os Condenados de Shawshank (1994)

Mais uma adaptação de outra das quatros novelas que compõem o já referido livro Different Seasons. Grandes interpretações de Tim Robbins e Morgan Freeman, ao serviço do realizador Frank Darabont, nesta história muito bem urdida e melhor resolvida, passada na penitenciária do título, entre as décadas de 40 e 60, e que é um elogio da paciência de formiguinha, para além de um estudo do comportamento humano no espaço carcerário. Um enorme poster de Raquel Welch (no livro, é de Rita Hayworth) tem um papel fundamental no enredo.

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Dolores Claiborne (1995)

Kathy Bates (no papel do título), Jennifer Jason Leigh e Christopher Plummer brilham neste soturno thriller psicológico de Taylor Hackford, infelizmente menos visto do que merecia, mas que aparece na grande maioria das listas dos melhores filmes tirados de livros de Stephen King. Apesar do enquadramento realista e da caracterização quotidiana das personagens, o terror continua a estar presente em Dolores Claiborne, e está em tudo de mau que as pessoas fazem umas às outras. No caso vertente, pessoas da mesma família.

Nevoeiro Misterioso (2007)

Há monstros da família lovecraftiana nesta fita de terror em que o nevoeiro do título desempenha um dos papéis principais, ao reter num mini-mercado um punhado de pessoas de uma vila do Maine. Elas têm que lutar pela sobrevivência, já que as referidas criaturas se escondem na estranha névoa. Caso raro num filme deste tipo, e numa adaptação ao cinema de uma obra de Stephen King, o final é ainda mais dramático do que o do livro. Existe uma versão a preto e branco, editada em Blu-ray, que é a favorita do realizador, Frank Darabont.

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Castle Rock (2018)

A vila de Castle Rock é uma parte essencial da topografia imaginária de Stephen King, pois é lá que decorrem vários dos seus romances, contos e novelas. E é o palco desta série criada por Sam Shaw e Dustin Thomason, e produzida por J.J. Abrams e pelo próprio King. A história entrelaça locais, temas e personagens do mundo ficcional do escritor, com uma miríade de referências e piscadelas de olho à sua obra.

Doutor Sono (2019)

Esta bastante aceitável continuação de The Shining tem Ewan McGregor no papel de Danny Torrance adulto, que está a tentar libertar-se do seu passado familiar. Mas que acaba por ter que proteger uma jovem que tem o mesmo poder que ele, num grau elevadíssimo, de um grupo maléfico que se alimenta dos eflúvios largados pelo shining das crianças quando são torturadas e estão a morrer.

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The Outsider (2020)

Rodada para a HBO, The Outsider é uma das melhores adaptações recentes de uma obra de Stephen King. O horrendo assassínio de um rapazinho numa cidade do interior dos EUA vai conduzir os investigadores até uma entidade sobrenatural referida em várias culturas por nomes diferentes, e que assume o aspecto de seres humanos para concretizar as suas acções maléficas. Com Ben Mendelsohn, Cynthia Erivo e Bill Camp.

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