Sports movies: Chariots of Fire (1981)
Chariots of Fire (1981)

11 grandes filmes onde o desporto é rei

Esqui, futebol, automobilismo e basquetebol são algumas das modalidades contempladas nestes filmes sobre desporto

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Piscinas e courts de ténis, estádios e pavilhões desportivos, ringues e circuitos de automóveis, eis alguns dos cenários em que se desenrolam estas longas-metragens onde o desporto é rei. De Os Corredores da Montanha (1969), realizado por Michael Ritchie e protagonizado por Robert Redford, a filmes da década passada como Rush – Duelo de Rivais (2013), de Ron Howard, ou Borg vs McEnroe (2017), de Janus Metz Pedersen, passando pelo clássico O Touro Enraivecido (1980), de Martin Scorsese, estes são alguns dos melhores filmes sobre desporto de todos os tempos.

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11 grandes filmes onde o desporto é rei

‘Os Corredores da Montanha’, de Michael Ritchie (1969)

Robert Redford interpreta David Chappellet, um talentoso e voluntarioso esquiador, neste filme com argumento do escritor James Salter e o primeiro de Michael Ritchie. Chappelett junta-se à equipa dos EUA e a sua ambição é o ouro nos Jogos Olímpicos de Inverno, o que o leva a entrar em choque com o treinador (Gene Hackman) e os outros esquiadores. Os Corredores da Montanha é uma fita sobre o esqui de alta competição, mas também sobre a personalidade e a psicologia de um homem que quer ser campeão.

‘Le Mans’, de Lee H. Katzin (1971)

Um dos melhores filmes de sempre sobre automobilismo, que espelha a paixão que Steve McQueen, o principal intérprete, tinha pelas corridas, fossem de carros ou de motos. Apesar de se desenrolar num enquadramento ficcional, a fita, rodada durante as 24 Horas de Le Mans de 1970, é um extraordinário documento de reportagem sobre a prova mais mítica do mundo. Apesar de ter sido uma decepção na bilheteira, Le Mans ganhou, com os anos, estatuto de filme de culto quer junto dos fãs de corridas de automóveis, quer junto dos cinéfilos que também o são.

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‘Os Vencedores’, de George Roy Hill (1977)

Paul Newman interpreta Reggie Dunlop, o treinador-jogador de uma medíocre equipa de hóquei sobre o gelo de uma cidade industrial dos EUA, cujo dono a quer extinguir. Para a salvar, Reggie e os seus pupilos começam a jogar duro e sujo, e a ganhar jogo atrás de jogo, o que faz com que os fãs acorram de novo às partidas. Escrito por uma mulher, Nancy Dowd, cujo irmão jogou hóquei sobre o gelo nos campeonatos regionais americanos, Os Vencedores é uma comédia realista, cínica, bruta e sem pretensões a dar bons exemplos de fair play.

‘O Touro Enraivecido’, de Martin Scorsese (1980)

Um retrato do pugilista Jake LaMotta, rodado a preto e branco e interpretado por Robert De Niro, que ganhou vários quilos e entrou nalguns combates amadores para melhor o personificar. É a história de um homem que ganha o pão a combater no ringue, mas a violência não fica por lá, acompanhando-o no dia-a-dia e acabando por lhe destruir a vida familiar e alienar os amigos e todos os que lhe são mais próximos. Scorsese realça ao máximo, pela imagem e pelo som, a violência crua da modalidade, daí resultando que O Touro Enraivecido seja o antifilme de boxe por excelência.

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‘Momentos de Glória’, de Hugh Hudson (1981)

Uma evocação dos Jogos Olímpicos de Paris de 1924, centrada na história verdadeira de dois corredores da equipa de atletismo britânica: Eric Liddel (Ian Charleson), um escocês e cristão devoto, filho de missionários, que dizia correr “pela glória de Deus”, e Harold Abrahams (Ben Cross), judeu e estudante de Oxford, apostado em ganhar para contrariar os preconceitos sociais e étnicos. Levado pela música de Vangelis, Hugh Hudson assinou um filme inesquecível sobre homens de uma outra era e uma época do desporto extinta.

‘The French’, de William Klein (1982)

Não há muitos filmes de ficção sobre ténis e os poucos que foram feitos não são grande espingarda. O documentário The French, do fotógrafo e realizador americano William Klein, compensa essa penúria e essa mediocridade. Klein teve, em 1981, acesso privilegiado aos courts e aos bastidores de Roland-Garros, o que aconteceu pela primeira vez na história do torneio. Resultado: um atento, meticuloso e elegante documentário sobre a modalidade, protagonizado pelos maiores nomes do ténis da altura, como Bjorn Borg, John McEnroe, Martina Navratilova ou Chris Evert.

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‘Raiva de Vencer’, de David Anspaugh (1986)

Uma história de basquetebol na América profunda dos anos 50, baseada em factos reais. Gene Hackman interpreta Norman Dale, professor e treinador da equipa de basquetebol de uma cidadezinha agrícola do estado de Indiana. Dale causa muita controvérsia na comunidade quer pelos seus métodos, quer por chamar para seu adjunto o bêbado local, Shooter (Dennis Hooper), que percebe imenso de basquete. Eis um belíssimo filme sobre desporto. que é também um vívido naco de americana, e uma alegoria sobre a própria vida.

‘Joga como Beckham’, de Gurinder Chadha (2002)

Jesminder, Jess para os amigos, vive em Londres, tem 18 anos, gosta de futebol e quer e sabe jogar futebol. O problema é que Jesminder é filha de emigrantes sikh e para os pais o lugar de uma rapariga é no lar, casadinha, recatada e a fazer todas as vontades ao marido. Só que ela não está para aí virada e, a convite de uma amiga e às escondidas dos pais, vai jogar no clube feminino do bairro, as Hounslow Harriers, treinado por um homem. Uma comédia dramática sobre tradição, antigos e novos costumes, choque de gerações e mentalidades, e muita paixão pelo futebol, realizada por uma mulher.

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‘Filhos da Revolução’, de Krisztina Goda (2006)

A partida de pólo aquático disputada entre a Hungria e a URSS nos Jogos Olímpicos de Melbourne de 1956, ficou conhecida como a da “água sangrenta”. Pouco antes, os tanques soviéticos tinham esmagado brutalmente o levantamento popular na Hungria, e os magiares viram na partida uma oportunidade para humilhar os russos e afirmar a sua revolta e o seu patriotismo. Ganharam por 4-0, e o sangue manchou a água da piscina em que o embate se disputou, de forma muito violenta. Este filme da húngara Krisztina Goda reconstitui esses acontecimentos em pormenor e de forma empolgante.

‘Rush – Duelo de Rivais’, de Ron Howard (2013)

Nos anos 70, o inglês James Hunt, exuberante, sociável e amigo de copos e garotas, e o austríaco Niki Lauda, reservado, calculista e metódico, protagonizaram uma das maiores e mais emocionantes rivalidades da história da Fórmula 1, e do desporto, que teve o seu auge na luta pelo título de Campeão Mundial na temporada de 1976. Chris Hemsworth é Hunt e Daniel Brühl é Lauda neste brilhante filme de Ron Howard, que nos faz voltar aos tempos em que o Grande Circo era mais caótico e perigoso, mas também mais competitivo, descontraído e dependente do talento do piloto do que da tecnologia. E os carros eram lindos. 

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