Os lobisomens, tal como os vampiros e outras criaturas mitológicas, chegaram cedo ao cinema – The Werewolf, considerado o primeiro exemplar do género, foi realizado em 1913 por Henry MacRae; supõe-se que todas as cópias tenham sido destruídas num incêndio. E mesmo sem nunca terem gozado do sucesso de Drácula e companhia, têm sido uma presença semi-regular no grande ecrã. Um Lobisomem Americano em Londres (1981), de John Landis, e O Uivo da Fera (1981), de Joe Dante, contam-se entre os melhores e mais populares filmes de lobisomens, mas há películas menos óbvias que merecem tanta ou mais atenção.
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O thriller de Stuart Walker foi um dos primeiros filmes de lobisomens. Henry Hull interpreta um botânico da alta sociedade britânica que é mordido por um licantropo durante uma viagem ao Tibete e, quando regressa a casa, descobre que ele próprio se transformou num monstro.
George Waggner foi dos primeiros realizadores a mostrar a profunda angústia que os monstros dos filmes produzidos pelos Estúdios Universal tinham algures no fundo do coração, nesta fita de 1941. E para isso contou sobretudo com a sua mestria e a presença imponente do actor Lon Chaney Jr. no papel do titular lobisomem.
Este clássico dos estúdios Hammer é um dos melhores exemplares do género. Realizado por Terence Fisher e protagonizado por Oliver Reed, é uma adaptação de O Lobisomem de Paris, de Guy Endore, mas com a história transposta para Madrid por questões de orçamento.
A fera que uiva nesta divertida película de Joe Dante (a primeira de uma longa série que já contabiliza oito iterações) é, obviamente, um lobisomem. Aliás, vários lobisomens, dado que o filme se passa numa espécie de colónia de férias e repouso povoada por licantropos.
O oscarizado filme de John Landis combina na perfeição, e com inteligência, humor e terror. Tem imensas tiradas notáveis, e efeitos especiais de fazer cair o queixo – e que ainda hoje não parecem nada datados – de que é bom exemplo a transformação do protagonista num monstro peludo.
Uma década antes de deixar a sua marca nas histórias de vampiros, com Entrevista com o Vampiro, o realizador irlandês Neil Jordan apontou a sua câmara aos lobisomens. O resultado foi esta adaptação de um conto de Angela Carter que é, também, uma recriação freudiana e pós-moderna da fábula do Capuchinho Vermelho.
Pouco depois de Regresso Ao Futuro ter feito dele uma estrela internacional, Michael J. Fox cimentou a sua popularidade com esta comédia meio foleira (mas de certa forma encantadora) sobre um lobisomem adolescente que se torna um dos miúdos mais populares da sua escola. Com direcção de Rod Daniel.
O argumento não é nada de especial: um homem é despromovido e traído pela mulher, porém quando é mordido por um lobo ganha a selvajaria e confiança necessárias para recuperar o que perdeu. Contudo, a realização de Mike Nichols e as interpretações de Jack Nicholson e Michelle Pfeiffer são suficientes para colocar esta fita entre as melhores do género.
O corpo feminino foi sempre fonte de fascínio do cinema de terror. E nesta produção canadiana, dirigida por John Fawcett no ano 2000, a primeira menstruação de uma rapariga é imediatamente seguida pelo selvático ataque de um cão e uma série de assustadoras transformações físicas.
Antes de se tornar conhecido por A Descida (2005) e trabalhar em A Guerra dos Tronos (foi nomeado para um Emmy pelo episódio "The Watchers on the Wall"), o britânico Neil Marshall filmou Lobos Assassinos. Uma interessante longa metragem de estreia, em que licantropos escoceses se enfrentam ao exército de sua majestade.
Desde o início do século XX que dezenas de realizadores expandem e redefinem os limites do cinema de terror. A oferta de grandes filmes do género na Netflix é limitada, mas há lá clássicos como A Mosca, de David Cronenberg, ou Veio do Outro Mundo, de John Carpenter. E não só.
O amor pode ser muito macabro. Em vez de escolherem um romance cómico ou dramático para ver de mãos dadas, escolham um destes sete filmes de terror para ver a dois.
Aquela ideia do sexo fraco, lembram-se? Pois, apesar da pujança do sexismo, essa forma de ver as mulheres está morta. Razão? Simples: elas já não vão nisso. E afirmam-se, mesmo que seja preciso acotovelar uns homens para, por exemplo, fazerem filmes de terror.
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