O Crepúsculo dos Deuses (1950)
Uma das melhores decisões do realizador Billy Wilder para este filme, sátira trágica sobre o lado negro de Hollywood, foi contratar William Holden para contracenar com a veterana Gloria Swanson e dar a Erich von Stroheim o papel do sinistro mas dedicado mordomo da antiga estrela Norma Desmond, já muito passada dos carretos, vivendo ilusões de glória. A relação entre os actores torna o enredo ainda mais dramático na elaboração deste retrato cru sobre a “indústria dos sonhos”, onde a capital do cinema surge como uma entidade cujo brilho incandescente esconde uma realidade cruel e determinada pelo lucro sob o lema de "o espectáculo tem de continuar".