Cate Blanchett
DRCate Blanchett em “Elizabeth", de Shekhar Kapur
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Os melhores filmes e séries sobre rainhas de Inglaterra

Na semana da estreia de “Maria, Rainha dos Escoceses”, fomos buscar o melhor do cinema e da TV sobre monarcas britânicas, de Isabel I à Rainha Vitória

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Alguns dos melhores filmes e séries de televisão ingleses são do género histórico, e neste, destacam-se as produções sobre monarcas carismáticos, homens e mulheres, que se instalaram na imaginação colectiva dos espectadores (e não só dos britânicos). Isabel I e Vitória são duas das rainhas mais constantemente representadas no cinema e na televisão, tendo a primeira já sido interpretada por actrizes do calibre de Jean Simmons, Bette Davis, Glenda Jackson, Helen Mirren e Cate Blanchett, em séries como A Rainha Isabel ou Elizabeth I, ou em fitas que vão de Amor de Rainha e Duas Rainhas a Elizabeth.

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Os melhores filmes e séries sobre rainhas de Inglaterra

“Amor de Rainha”, de George Sidney (1953)

Elizabeth Taylor e depois Deborah Kerr estiveram indicadas para ter o principal papel desta fita, o da jovem Isabel Tudor, desde a sua infância até ao dia em que sobe ao trono de Inglaterra, mas ele acabou por ir para Jean Simmons, que não se saiu nada mal. Sendo uma típica produção de Hollywood, baseada num romance histórico e não numa biografia, Amor de Rainha mistura, indevitavelmente, factos e liberdades dramáticas.

“A Rainha Virgem”, de Henry Koster (1955)

Uma actriz americana (Bette Davis) a interpretar uma rainha de Inglaterra (Isabel I)? Neste caso, e por ser quem é, resulta. Esta fita de Henry Koster, rodada nos EUA com um elenco na sua maioria inglês, dedica tanto tempo a Sir Walter Raleigh, o navegador, aventureiro, poeta e espião da era isabelina (interpretado por Richard Todd), mas Bette Davis também consegue brilhar (e muito) no papel da lendária monarca, uma das mais bem-amadas pelo seu povo. (Recorde-se que em 1939, Davis já a havia personificado em Isabel I, de Michael Curtiz). 

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“A Rainha Isabel” (1971)

Glenda Jackson personificou, pela primeira vez, a rainha Isabel I de Inglaterra nesta histórica série da BBC, considerada uma das melhores de sempre no seu género, e um marco na história da televisão. Escrita e rodada com meticuloso rigor histórico, A Rainha Isabel tem seis episódios e em cada um deles é tratado um episódio relevante da vida e do reinado da monarca. Jackson é simplesmente prodigiosa e a sua interpretação de Isabel I passou a ser de referência. A RTP passou esta série em Portugal, tendo obtido muito sucesso.

“Ana dos Mil Dias”, de Charles Jarrott (1969)

Geneviève Bujold é Ana Bolena e Richard Burton Henrique VIII, nesta grande produção histórica sobre a breve passagem pelo trono de Inglaterra (os mil dias do título) daquela que foi a segunda mulher do monarca, e que acabaria julgada por alta traição e decapitada. Bujold e Burton são ambos soberbos e a realização de Charles Jarrott oculta bem o facto de Ana dos Mil Dias ser a adaptação de uma peça de teatro que deu muito que falar à época.

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“Duas Rainhas”, de Charles Jarrott (1971)

No mesmo ano em que foi Isabel I na série da BBC, Glenda Jackson voltou a personificá-la nesta fita também assinada pelo realizador de Ana dos Mil Dias, sobre a relação daquela com a sua prima católica Maria da Escócia, sua inimiga religiosa e política, papel que coube a Vanessa Redgrave. O filme frisa não só as diferenças políticas e de fé entre Isabel e Maria, como também das suas personalidades e vidas sentimentais.

“Elizabeth”, de Shekhar Kapur (1998)

Blanchett teve, neste filme, a pouco invejável tarefa de suceder a Glenda Jackson no papel de Isabel I de Inglaterra, e a sua interpretação não desmerece e valeu-lhe a nomeação ao Óscar de Melhor Actriz, embora a daquela esteja num plano à parte. A fita de Shekar Kapur segue a monarca nos primeiros anos da sua governação, e teria uma continuação em 2007, Elizabeth – A Idade de Ouro, que daria a Cate Blanchett uma segunda nomeação ao Óscar (e voltaria a não o ganhar).

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“Elizabeth I” (2006)

O  fascínio dos historiadores, do público e das televisões e do cinema pela figura de Isabel I é bem um exemplo do lugar central que a filha de Henrique VIII e Ana Bolena ocupa na imaginação colectiva dos ingleses (e não só). Nesta minissérie, uma sumptuosa co-produção anglo-americana, Helen Mirren dá corpo à monarca, e a história segue-a durante os últimos anos da sua existência e do seu reinado, na sua vida pública como na privada, entre o trono e a alcova, os deveres de Estado e os anseios do coração.

“Duas Irmãs, Um Rei”, de Justin Chadwick (2008)

Natalie Portman interpreta Ana Bolena e Scarlett Johansson a sua irmã Maria, e ambas ambicionam casar com Henrique VIII e tornar-se na rainha de Inglaterra. Baseado num livro da escritora inglesa Phillipa Gregory, especializada em livros históricos de pendor romântico, Duas Irmãs, Um Rei, toma consideráveis liberdades com os factos e prefere apresentar uma versão bastante ficcionada das vidas de Ana e Maria Bolena.

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“A Jovem Vitória”, de Jean-Marc Valée (2009)

Emily Blunt é a Rainha Vitória e Rupert Friend vive o príncipe Alberto, neste filme que se centra nos anos iniciais do reinado da monarca, que haveria de se caracterizar pela sua longevidade e prosperidade, e no amor que a unia ao marido, mesmo após a dramática morte prematura deste. A interpretação de Blunt sobressai em A Jovem Vitória, e não só pelo facto de a fita ser muito aplicada, mas também convencional dentro do seu formato e da recriação da época.

“Rainha Vitória” (2016)

Depois de Emily Blunt no cinema, é Jenna Coleman quem personifica a Rainha Vitória nesta série de televisão que se situa exactamente na mesma altura do filme A Jovem Vitória. Rainha Vitória começa com a ascensão ao trono da monarca, aos 18 anos, continuando pelos primeiros anos do seu reinado, dá muito tempo de antena à intensa e terna relação do casal real, e tende a efabular e especular muito em relação à realidade histórica, em nome do entretenimento, defendendo-se com uma cuidadosa reconstituição de época.

Música e cinema para o Brexit

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Sete comédias britânicas com ou sem Brexit
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Há quem ache o humor inglês parvo, malcriado, grosseiro, para não dizer apenas sem graça. E não deixa de ter razão. Depois, por outro lado, também há os Monty Python e a sua farta descendência, mais umas excepções que exploram (como dizer?) uma comicidade alternativa.

  • Música

A canção pop britânica tem dado provas de não partilhar do apreço pelas instituições e valores exaltados pelos sectores mais conservadores – a começar pela monarquia – e recorda que o país tem problemas, incongruências e iniquidades que não decorrem da ingerência de Bruxelas, da globalização ou dos imigrantes.

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