Preparem os sofás! HBO estreia seis séries em dois dias

As relações são complicadas. Mudam sem darmos por isso, sofrem inflexões inesperadas, grandes cismas. Issa Dee (Issa Rae, também co-criadora) que o diga. Nesta quinta e última temporada, a protagonista que deu ao público – em particular às jovens afro-americanas – alguém com quem se identificar na TV, de forma tão divertida como dramática, vai continuar a discorrer (e a rappar ao espelho) sobre as dores de crescimento que deslizam para a idade adulta. O que queremos saber é se ficará com Lawrence (Jay Ellis), cuja ex-namorada está grávida; e se a amizade com a bff Molly (Yvonne Orji) pode ser salva.

Seg (T5)

Não acontece todos os anos, mas sempre que acontece é momento de regozijo para os fãs da cringe comedy (The Office, Arrested Development). Esta é a 11.ª temporada em 21 anos de Curb Your Enthusiasm (o título original) e continua à volta de uma versão ficcionada e hiperbolizada de Larry David (co-criador de Seinfeld), um produtor de televisão semi-reformado, egocêntrico e idiossincrático, acossado pelas infelicidades do dia-a-dia – a última das quais foi o incêndio que lhe destruiu a cafetaria, que Larry tinha aberto por ter sido expulso pelo dono – e agora rival – de um outro café. Voltará a ela?

Seg (T11)

Os irmãos Jason e Peter Filardi são os criadores desta série de terror ambientada na década de 1850 e adaptada de um conto de Stephen King (Jerusalem’s Lot). Adrian Brody é o protagonista, dando corpo ao capitão Charles Boone, que regressa com a família à pequena cidade de Preacher’s Corners, no Maine, onde os esperam tenebrosos segredos.

Ter (T1)

Quase uma década após a série protagonizada por Blake Lively, eis a sequela. Ou, pelo menos, uma nova série com o mesmo título, a mesma premissa e os mesmos cenários – as escolas privadas do Upper East Side, em Nova Iorque. As personagens são outras, com a promessa de um elenco mais inclusivo e um guião mais “adulto”, embora haja continuidade temporal e as histórias passadas possam cruzar o presente. Kristen Bell, que dava voz à anónima e linguaruda blogger na série anterior, está de volta ao papel – isto é, à narração em voz off. Mas muita coisa mudou, das redes sociais à própria cidade.

Ter (T1 – parte 1)

Vítima de violência doméstica, Angela (Joanne Froggatt) esconde as escoriações sob a fachada doméstica da família bem-sucedida, com um par de filhos lindos e maravilhosos, e da casa vistosa. O marido, Olivier (Michiel Huisman), é trabalhador e carismático – mas controlador e irascível. Até aqui, esta série dos irmãos Harry e Jack Williams (que têm Fleabag no currículo) parece feita num molde. O twist que dá gás ao thriller chega com Ed Harrison (Samuel Adewunmi), um detective particular que aborda Angela e lhe conta os segredos do marido, que o contratou para a seguir, tentando convencê-la de que para sobreviver vai ter de o matar.

Ter

A Operação Edzell ficou para a história da polícia britânica pelos piores motivos. Montada para recolher provas incriminatórias contra o principal suspeito pelo homicídio de Rachel Nickell, assassinada em Londres, em 1992, à frente do filho de dois anos, serve agora de inspiração para esta minissérie de quatro episódios. Lizzie James (Niamh Algar, de Raised by Wolves) é enviada como agente secreta para se envolver sexualmente com o suspeito, Colin Stagg (Sion Daniel Young), mas as coisas não correm como esperado. Toda a investigação foi controversa, da estratégia misógina à negligência fatal de outros indícios.

Ter (minissérie)