Lunatics
©NetflixChris Lilley em Lunatics
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As melhores séries de comédia na Netflix para rir em tempos difíceis

As séries de comédia na Netflix são cada vez mais, entre conteúdos próprios e importados. E porque ninguém tem tempo para ver tudo, indicamos as melhores.

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Nunca a frase "rir é o melhor remédio" fez tanto sentido como no último ano. E a Netflix continua a dar-nos boas razões para aligeirar o quotidiano e esquecer, por momentos que sejam, a realidade. As séries de comédia na Netflix são cada vez mais, entre conteúdos próprios e importados, e só precisa de tempo para conseguir dar uma vista de olhos a tudo. Na lista que se segue reunimos as melhores séries de comédia que pode ver na gigante do streaming em Portugal, e deixamos-lhe o aviso: é possível que, no final, sinta que fez um bom trabalho ao nível abdominal.

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As melhores séries de comédia na Netflix

1. After Life

Não diríamos que é uma série cómica no sentido mais óbvio. A menos que humor negro, comiseração e piadas cara-de-pau sejam a sua praia. Afinal, é de Ricky Gervais que estamos a falar, e esta After Life parece ter sido escrita num momento mais inspirado do homem que nos trouxe The OfficeDerek. As opiniões pessoais de Gervais sobre a humanidade e as suas manias são bem expressas, mas isso acaba por se transformar num trunfo, à medida que vamos mergulhando na narrativa do homem que acabou de perder a mulher e tem de lidar com todo o processo.

2. Archer

Na mais recente temporada, Archer voltou a ser a série de espiões pós-moderna que era quando se estreou, em 2009. Um casamento miserável (e passivo-agressivo), ainda que brilhante, entre 007 e Arrested Development. Mas, ao longo dos últimos anos, foi muitas outras coisas, incluindo uma paródia de Miami Vice, uma homenagem ao cinema noir clássico, uma aventura pulp e uma série de ficção científica espacial. Sem nunca perder a sua identidade, nem a qualidade.

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3. Arrested Development

Foram exibidos 53 episódios desta sitcom pós-moderna e com tendência para quebrar normas narrativas entre Novembro de 2003 e Fevereiro de 2006, nos Estados Unidos. Três temporadas, ou melhor, duas e meia, antes de a série ser cancelada sem cerimónias pela Fox. Chegava ao fim uma das mais brilhantes comédias americanas. Ou não. Em Maio de 2013, quase dez anos depois da estreia do primeiro episódio, uma quarta temporada chegou à Netflix. E entre 2018 e 2019 foi exibida a quinta e, provavelmente, última. Mas com os Bluth nunca se sabe.

4. Big Mouth

A adolescência é um lugar estranho. E, para muitos, difícil. Mas convenhamos que é uma fonte inesgotável de material cómico, mais e menos doce, muitas vezes grosseiro, como atestam inúmeras séries e filmes. Esta série animada foi criada pelo humorista Nick Kroll e o seu amigo de infância Andrew Goldberg, nome ligado a Family Guy e American Dad, e segue um grupo de amigos que enfrenta a estranheza de crescer, com todas as peripécias naturalmente associadas.

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5. BoJack Horseman

Poucas séries retratam a depressão de uma forma tão genuína e destemida como BoJack Horseman – um feito notável quando falamos de uma comédia animada sobre um cavalo antropomórfico que é uma estrela de televisão tornada irrelevante pelo tempo. Mas não é só isso que a torna especial. Criada por Raphael Bob-Waksberg, com Will Arnett, Amy Sedaris, Alison Brie, Paul F. Tompkins e Aaron Paul nos papéis principais, é verdadeiramente hilariante. E uma inovadora e bem escrita sátira de Hollywood.

6. Brooklyn Nine-Nine

Jake Peralta (Andy Sandberg) é um talentoso polícia com um registo de detenções invejável, ainda que um pouco calão. Isso muda quando o capitão Ray Holt (Andre Braugher), um homem com muito a provar, se torna o novo comandante da 99ª esquadra de Brooklyn. Enquanto Holt lembra Peralta de respeitar o distintivo, Amy Santiago (Melissa Fumero), uma colega super competitiva, começa a aproximar-se do histórico de detenções. Algo que fará mexer o nosso herói numa direcção atabalhoada e de gargalhadas garantidas.

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7. Derek

Este mockumentary segue um grupo de pessoas que vive à margem da sociedade numa casa de repouso. No centro do grupo está Derek Noakes (Ricky Gervais), 40, um homem terno e inocente que conquista tudo e todos com a sua forma de estar. O amor de Derek pelo seu trabalho e pelas pessoas com quem ele se importa é evidente em tudo o que faz e aqui é o quotidiano dele e dos que o rodeiam que serve para umas quantas gargalhadas.

8. Easy

Criada (escrita e dirigida) por Joe Swanberg, um autor com créditos firmados e uma visão desenvolvida no cinema independente americano, facção mumblecore, Easy é uma série romântica dos tempos modernos. Cada episódio conta uma história e introduz novos personagens, cruzando amor, sexo e tecnologia. A vida como ela é, apaixonante, complexa, divertida e, tantas vezes, caótica. São três temporadas com a cidade de Chicago como pano de fundo. É Chicago, mas às vezes podia ser Lisboa. 

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9. Good Girls

É nos subúrbios de Detroit que três mulheres revoltadas com a sociedade decidem orquestrar um assalto improvável a um supermercado para conseguirem uma melhor vida para os seus. O assalto é bem-sucedido mas, sem saberem, o montante roubado faz parte de uma operação de lavagem de dinheiro. O que vai complicar as vidas das assaltantes interpretadas por Christina Hendricks, Retta Sirleaf e Mae Margaret Whitman, nesta comédia dramática com o suspense de um policial.

10. I Think You Should Leave with Tim Robinson

O modelo já foi usado em programas como Chappelle's Show ou The Eric Andre Show mas não seria por isso que lhe havia de faltar piada. Nesta série de sketches cómicos, Tim Robinson dá-nos uma seleção de situações que fariam qualquer pessoa sair de cena. Em cada segmento, os seus convidados fazem o que podem para tentar levar alguém ao ponto de precisarem – ou quererem desesperadamente – sair. Depois de vários anos como escritor em Saturday Night Live, experiência não lhe falta. E não é de estranhar que entre os cameos apareçam nomes como Andy Samberg, Will Forte ou Vanessa Bayer.
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11. Love

Nos seus melhores momentos, Love é uma comédia romântica quase perfeita. Com um óptimo elenco, uma sensibilidade indie e um espectro referencial que vai de Woody Allen a Judd Apatow, que nem por acaso é um dos co-criadores da série, a par de Lesley Arfin e Paul Rust – que é também o protagonista, ao lado de Gillian Jacobs. Os argumentistas aproveitam o facto de estarem a contar uma história serializada, e de não terem de se cingir à duração de um filme, e conseguem elevar Love acima das suas referências cinematográficas.

12. Lunatics

Esta espécie de documentário segue a vida de seis personagens, cada uma com uma descabida e hilariante história. Criada pelo australiano Chris Lilley, que aqui se desdobra em seis (entre uma actriz pornográfica reformada, uma youtuber, um agente imobiliário com um traseiro avantajado, um designer, um adolescente problemático e uma médium), Lunatics garante horas de disparates suficientes para não deixar de nos interessar.

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13. Master of None

Dez curtas-metragens. Foi assim que o co-criador Alan Young se referiu, em 2015, aos dez episódios da primeira temporada de Master of None. Quando se vê a série de Aziz Ansari, que além de protagonista é também o principal argumentista e um dos realizadores, percebe-se porquê. E a descrição assenta ainda melhor à segunda temporada. Há um arco narrativo global, mas cada episódio é um objecto singular, que pode ser visto independentemente dos restantes. Do ponto de vista estético, a série é tão ou mais fluída, mas o bom gosto impera. O verdadeiro triunfo, contudo, é que apesar da amplitude formal e referencial, nunca parece uma manta de retalhos e tem uma identidade própria.

14. Os Malucos do Circo dos Monty Python

Isto até pedia um hashtag, mas por respeito a Terry Jones, Michael Palin, Eric Idle, John Cleese, Graham Chapman e Terry Gilliam não o faremos. Emitida de 1969 a 1974 na BBC, esta Monty Python’s Flying Circus (Os Malucos do Circo, chamaram-lhe em Portugal) é certamente dos objectos mais míticos que a comédia já concebeu enquanto estilo. Um humor que aniquila, com um estilo inigualável, toda a sociedade britânica, os seus costumes e politiquices.

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15. Real Rob

Rob Schneider é um nome bem conhecido do grande ecrã e, mesmo que as suas obras não sejam dignas de Óscar, já nos fez rir muitas vezes em títulos como Gigolo ProfissionalO 'Verdadeiro' Animal ou Deuce Bigalow: Um Gigolo na Europa. Em 2015 arrancou com uma série que nos dá uma perspectiva sobre a sua vida e, como seria de esperar, há bons momentos para arrancar gargalhadas.

16. Sex Education

Criada por Laurie Nunn para a Netflix, Sex Education é uma comédia adolescente à moda americana, apesar da sua localização e elenco britânicos. Conta a história de Otis Milburn (Asa Butterfield), um adolescente desajeitado e desconfortável com a sua própria sexualidade, mas óptimo a aconselhar os colegas da escola e a resolver os problemas sexuais e amorosos alheios. Até ao dia em que, ele próprio, descobre o amor e se rende aos prazeres carnais.

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17. South Park

A já clássica sitcom animada de Trey Parker e Matt Stone está disponível na Netflix desde o final de 2019. Mas com um asterisco: por enquanto, só se encontra uma pequena fracção dos mais de 300 episódios da série no serviço de streaming. É o suficiente para uma pessoa se rir e matar saudades da pandilha de South Park, mas está longe, muito longe, de ser melhor maneira de acompanhar as suas aventuras.

18. Supermães

Diz-se que ser mãe é das melhores sensações do mundo. Mas o que acontece quando a licença de maternidade acaba e se regressa ao trabalho e à vida normal? Filhos, patrões e tudo a acontecer ao mesmo tempo – e onde fica o espaço e tempo para cuidar de nós próprios? Criada e protagonizada por Catherine Reitman, com Dani Kind, Jessalyn Wanlim e Juno Rinaldi nos papéis principais, Supermães mostra como um grupo de amigas lida com as dificuldades de cuidar dos filhos recém-nascidos e tenta manter a sua vida social e profissional à tona.

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19. Uma Família Muito Moderna

Todas as temporadas de uma das mais populares sitcoms dos últimos anos estão na Netflix. Criada por Christopher Lloyd e Steven Levitan, acompanha a vida de uma das famílias mais disfuncionais que a televisão conheceu. Jay Pritchett (Ed O’Neill) e a sua mulher colombiana Gloria (Sofia Vergara) são a primeira entrada na árvore genealógica aqui presente. O resto já se sabe, um bando de filhos, netos e seus afluentes, que garantem constrangimentos familiares exagerados… ainda que possivelmente mais próximos da realidade do que possa parecer.

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