Séries e filmes sobre Churchill

Vai-não-vai, pimba, Winston Churchill regressa à memória cinematográfica. Como agora, quando estreia 'Churchill' e está anunciado para Janeiro 'A Hora Mais Negra'. Recorde como o cinema tratou o estadista

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Sem ele o mundo seria diferente. Hitler tinha provavelmente ganho a II Guerra Mundial e… Churchill é um exemplo de estadista. Em momentos de crise, como agora, lá vem ele à baila, com os seus discursos corajosos e poderosos estados de alma, mais, com o seu visionarismo, aqui exemplificado em sete filmes.

Séries e filmes sobre Churchill

The Finest Hours (1964)

Para começar a ideia geral. Isto é: como é que este político desprezado pelos seus pares e gozado pelos adversários viu no nazismo o mal absoluto antes dos outros e convenceu países e homens e mulheres civilizados espalhados pelo mundo de que era preciso derrotar Hitler? A resposta não se encontra neste documentário, até por ser a única versão autorizada por Churchill do seu papel na guerra. Mas este tributo (que é o que é), narrado por Orson Welles, mostra como com golpes de política e tiradas retóricas o então primeiro-ministro arrastou com determinação o Reino Unido, primeiro, a América, depois, e até convenceu Estaline a juntar a União Soviética aos Aliados, criando a força necessária para derrotar o fascismo.

O Jovem Leão (1972)

Dirigido por Richard Attenborough, com Simon Ward no papel protagonista, este drama histórico, filmado de acordo com todos os cânones do género, é uma tentativa de ilustrar a vida de Winston Churchill enquanto jovem aristocrata dado à rebeldia, passando pela sua carreira militar e a participação na Guerra dos Bóeres, na África do Sul, e prosseguindo até ao início da sua carreira política com a primeira eleição para o parlamento.

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Churchill and the Generals (1979)

Nem tudo eram rosas na relação de Churchill com… Bom, na verdade, com ninguém, fosse família, amigo, professor, superior hierárquico ou aliado político. Mas o que aqui interessa, neste filme para televisão de Alan Gibson, protagonizado por Timothy West, é a sua relação atribulada, para não dizer abertamente conflituosa quando a política e realidade militar divergiam, com os generais aliados, principalmente com Alan Brooke, George C. Marshall, Dwight D. Eisenhower e, evidentemente, com o general Montgomery.

Winston Churchill: The Wilderness Years (1981)

Esta mini-série de oito episódios, embora obra autónoma, serve bem de complemento ao muito comportado O Jovem Leão. Aqui, com Robert Hardy no principal papel, a acção acompanha a vida de Churchill entre 1929 e 1939, uma das suas (e nas suas palavras a mais difícil) travessias do deserto, ou seja, a década entre o afastamento do governo conservador e o regresso à política activa, ainda discreto (enfim, tanto quanto lhe era possível), através do Ministério da Guerra, trilhando o resto do caminho que o levaria a primeiro-ministro.  

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World War II: When Lions Roared (1994)

Mais um filme para televisão, este dirigido por Joseph Sargent e dividido em duas partes, dedicado a ilustrar a relação do estadista inglês com os seus correspondentes norte-americano e soviético. O que é feito com bastante habilidade e seriedade histórica, quer através das interpretações de Michael Caine (Estaline), Bob Hoskins (Churchill) e John Lithgow (Franklin D. Roosevelt), quer através da utilização de imagens documentais muito bem integradas na narrativa e que percorrem as várias fases da guerra, dando algum ênfase à preparação e à importância das históricas conferências de Teerão e de Ialta.

O Homem Que Mudou o Mundo (2002)

A década de 1930, desgraçada na vida de Churchill, volta ao ecrã através da história amorosa do futuro primeiro-ministro e da mulher, Clementine, numa época em que o desespero e a depressão foram combatidas com a necessidade de continuar a trabalhar e pela urgência de alertar para o perigo que via na política de Hitler e dos nazis na Alemanha e as suas pretensões expansionistas. Dirigido por Richard Loncraine, com Albert Finney e Vanessa Redgrave, o filme acompanha os apertos do deputado conservador atirado para o fundo da bancada parlamentar, o homem que perdeu boa parte do que tinha com a Grande Depressão, o aristocrata que vive de perorar em coluna de jornal ou escrevendo biografia de antepassado, até ao dia… O dia em que um funcionário público contrário ao rumo da política governamental reúne e lhe entrega informação suficiente para denunciar, precisamente, a ocultação ministerial de informação sobre o rearmamento alemão, que mostrava como Hitler estava realmente e preparar a guerra que iniciou nesse ano com a invasão da Polónia. 

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Churchill: O G.I. Americano (2004)

E não há herói sem a sua paródia. E Churchill não escapou a muitas paródias no seu tempo e muito menos a esta, dirigida por Peter Richardson, 39 anos depois da sua morte. O provocatório e disparatado argumento leva-nos a um tempo em que a governação no Reino Unido é assegurada maioritariamente por idiotas, Hitler muda-se para o palácio de Buckingham e pensa em casar como uma das Windsor, para desespero de uma Eva Braun hilariantemente interpretada por Miranda Richardson. Enfim, pelo meio ainda há a insinuação, vinda da América, de que o primeiro-ministro é um actor imitando o seu próprio pai, o tenente da Marinha norte-americana Winston Churchill (Christian Slater), esse sim, um brilhante espião que rouba uma máquina de descodificação e que, a bem dizer, ganha a guerra sozinho.

É a política, estúpido!

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