Actores como Kirk Douglas, Tim Roth, Jacques Dutronc e até mesmo o realizador Martin Scorsese já personificaram Van Gogh na tela, em filmes feitos desde os anos 50 até ao nosso século.
Vincent van Gogh visto pelo cinema
‘Vincent’, de Paul Cox (1987)
‘Vincent & Theo’, de Robert Altman (1990)
Nunca exibido em Portugal, Vincent & Theo foi originalmente rodado para televisão por Robert Altman com o formato de uma minissérie de quatro horas, que teve uma versão para cinema com pouco mais de duas horas de duração. Altman e o argumentista Julian Mitchell centram-se na relação fraternal e profissional entre Van Gogh (Tim Roth) e o seu irmão Theo (Paul Rhys), e nas vidas de ambos, sendo o filme, assim, um duplo retrato, ao não transformar Theo numa personagem secundária ou nem sequer falar nele, como sucede noutras produções sobre o artista. Jean-Pierre Cassel interpreta o Dr. Gachet. As filmagens tiveram lugar na Alemanha, em França e na Holanda
‘Sonhos de Akira Kurosawa’, de Akira Kurosawa (1990)
Este filme, o antepenúltimo do mestre nipónico, não é especificamente sobre Van Gogh, mas uma das oito sequências oníricas de que é composto, Corvos, tem o artista como principal protagonista, interpretado por Martin Scorsese. Neste sonho, que se passa dentro de vários dos quadros de Van Gogh, um estudante de arte encontra-o em pleno trabalho num campo de trigo, vê que lhe falta uma orelha e pergunta-lhe o que aconteceu. É um dos mais brilhantes momentos deste filme desigual, contando com efeitos especiais da Industrial Light & Magic de George Lucas e acompanhado por um dos Prelúdios de Chopin.
‘Van Gogh’, de Maurice Pialat (1991)
‘The Eyes of Van Gogh’, de Alexander Barnett (2005)
Esta produção de baixo orçamento e “arte e ensaio”, é o filme menos conhecido sobre Van Gogh, do qual o realizador, encenador e actor Alexander Barnett também é autor do argumento e interpreta o papel do pintor. Apoiado nas cartas escritas por este ao irmão Theo, Barnett recria a estadia de Van Gogh no hospício onde ele se internou voluntariamente, na sequência dos agitados meses que passou na companhia de Paul Gaugin em Arles. Segundo o seu autor e intérprete, a fita pretende “entrar dentro da cabeça de Vincent (…) dar expressão objectiva à sua experiência interior, isto é mostrar o que Vincent estava a pensar e a sentir”. Está inédita em Portugal.
Estas fitas são uma animação
Os últimos anos de cinema de animação têm sido de aproveitamento comercial de êxitos mais ou menos recentes em sequelas e derivações. Não é um desastre. O cinema é que é um negócio. Ainda assim há esperança, pois no território mais livre das artes visuais a experimentação continua activa e a fantasia não desistiu.
O cinema de animação há muito que não é apenas para crianças. E mesmo aquele que é para crianças nunca é apenas ou sobretudo para crianças. Os filmes animados há muito que se tornaram um dos géneros mais populares em todo o mundo, onde trabalham algumas das melhores mentes criativas do cinema, e onde a inspiração cómica, um registo habitual, é muitas vezes genial. Conheça os melhores filmes de animação disponíveis na Netflix Portugal.
Tem até ao dia 26 de Fevereiro, data da 89ª cerimónia dos Óscares, para sentar a família toda no sofá e fazer uma maratona pelos filmes de animação que ganharam a estatueta dourada nos últimos dez anos. Comédia, suspense, drama, musical, western – vale tudo, desde que meta desenhos animados.
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