Enquanto intérprete em filmes de colegas seus, Woody Allen já foi uma caricatura de James Bond, um crítico de cinema neurótico e sem sorte ao amor, um talhante enganado pela mulher ou livreiro falido.
Woody Allen, actor nos filmes dos outros
Sabiam que Woody Allen já foi dirigido por Godard e fez de marido de Sharon Stone? Antes da estreia de 'Roda Gigante', a sua nova realização, recordamos os papéis que interpretou em filmes alheios
Woody Allen, actor nos filmes dos outros
‘Casino Royale’, de Ken Hughes, John Huston, Joseph McGrath, Robert Parrish, Richard Talmadge (1967)
‘O Grande Conquistador’, de Herbert Ross (1972)
Eis um dos melhores filmes escritos e interpretados, mas não realizados por Woody Allen, que adaptou aqui à tela a sua peça Play it Again, Sam, um grande sucesso em palco. Allen faz um crítico de cinema muito neurótico e fanático do clássico Casablanca, que é ajudado na sua vida sentimental pelo fantasma de Humphrey Bogart (Jerry Lacy), que aparece para lhe dar conselhos. Esta foi a primeira vez que ele e Diane Keaton contracenaram no cinema.
‘O Testa de Ferro’, de Martin Ritt (1976)
‘King Lear’, de Jean-Luc Godard (1987)
É verdade: Woody Allen já entrou num filme de Godard, embora um dos menos vistos, fruto de uma associação pontual (e insólita) deste com os go-go boys Menahem Golan e Yoram Globus, da Cannon, nos anos 80. Desde O Testa de Ferro que Allen não aparecia como actor numa fita em que não fosse também realizador. Godard reservou-lhe o papel de “Mr.Alien”, o montador do filme, neste King Lear muito pouco shakespeareano e indescritivelmente godardiano, passado depois do desastre de Chernobyl.
‘Uma Mão Cheia de Surpresas’, de Alfonso Arau (2000)
‘Quase Gigolo’, de John Turturro (2013)
Mais Woody Allen
Em fitas como Zelig, A Rosa Púrpura do Cairo ou Através da Noite, Woody Allen, que nasceu em 1935, regressa às décadas de 20 e 30 para filmar dramas ou comédias, sempre ao som do jazz dessa época, que é a sua música favorita e que costuma tocar ao vivo com a sua banda.
É um cancioneiro rico e carregado de nostalgia, mas ainda assim limitado. Por isso é fácil encontrar marchas, espirituais, blues ou hinos característicos dos anos iniciais do século XX. Mas qualquer coisa depois de 1930, para a banda de Allen, já é esticar um bocado a corda. E aí vão 11 músicas.
Seja qual for a resposta, o músico por detrás do cineasta com uma queda por jazz, nas bandas sonoras dos seus filmes, tem-se mostrado um melómano conhecedor. E um propagandista, por assim dizer, de uma música que corresponde também a uma banda sonora de Nova Iorque, melhor, da Manhattan da sua imaginação. Dez exemplos já a seguir.
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