Casa das Cegonhas

Casa das Cegonhas: um ninho em Alcácer

Com uma casa independente acabadinha de estrear, uma piscina que cresceu para o dobro e um novo campo de croquet, a Casa das Cegonhas pede cada vez mais uma visita.

Vera Moura
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A portuguesa Catarina de Bragança, casada com o rei Carlos II de Inglaterra, ficou com a fama de ter introduzido o chá e o garfo no Reino Unido. Mas talvez tenha feito mais do que isso: ela e o monarca eram verdadeiros aficionados do croquet, modalidade irlandesa que ajudaram a espalhar pelo reino e pelas colónias e que era praticada não só por homens mas também por mulheres.

Factos históricos (ou mitos) à parte, o croquet não se transformou num desporto de massas, e em Portugal não há assim tantos campos para jogar. O mais recente fica na Casa das Cegonhas, uma casa de família na Herdade de Porches, em Alcácer do Sal, que há três anos se transformou num pequeno turismo rural.

“O croquet é um jogo fascinante e muito fácil de jogar”, diz o proprietário, Roman Garcia de Blanes, que tanto organiza torneios a sério, como ajuda os hóspedes a dar as primeiras tacadas entre mergulhos e petiscos. São preparados pelo espanhol António, que também trata dos almoços e jantares (sob marcação), servidos no terraço. “Tapitas” e cozinha tradicional alentejana misturam-se num ambiente descontraído e familiar: tanto pode ser servido gaspacho e empada de pato como tortilla e peixe assado no forno. Importante é que nunca falte a mousse de chocolate a rematar a refeição.

Mas voltemos às novidades, que o campo de croquet não é a única na Casa das Cegonhas: fica mesmo ao lado da piscina, que este ano cresceu para o dobro, mantendo ainda assim a tranquilidade de sempre. Há espreguiçadeiras espalhadas pelo jardim e dois alpendres cheios de almofadões à sombra, a suplicar por leituras mornas e sestas molengonas. As praias paradisíacas da Comporta ficam a apenas 25 minutos dali, mas ninguém está aqui para julgar se preferir não sair até à hora do check out.

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O projecto que começou com três quartos na casa principal – e que no Verão passado já tinha um total de seis suítes, todas com terraço privado – ganhou ainda em 2018 uma casa independente com piscina privada, perfeita para casais de namoro ou pequenas famílias em busca de ainda mais tranquilidade.

A decoração segue a linha dos restantes quartos: muito simples e com o branco a dominar, como se quer pelo Alentejo fora. Se tudo correr bem, para o ano a Casa das Cegonhas já tem mais casinhas destas. Sem dores de crescimento.

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Oriente-se
Oriente-se

Como chegar

Na A2 sair para Alcácer do Sal. Manter-se à esquerda para a IC1 e virar à esquerda para Vale do Guizo. A partir daí encontra indicações para a Casa das Cegonhas.

Preços

A partir de 120€ por noite em época alta.

GPS

Para comer

Meta-se no carro e rume à Comporta, a apenas 25 minutos de distância. Entre os melhores restaurantes na Comporta e em Tróia vai encontrar belas sugestões para aproveitar com os pés (quase) na areia, e outras para se sentar à mesa mais longe do mar mas com muitos pratos de peixe obrigatórios  Outra hipótese: a cinco minutos tem a Tasca do Baracinha (Rua 1.º de Maio, Vale do Guizo). Ligue 265 637 158 a reservar ensopado de enguias ou enguias fritas, que são especialidade do lugar (as enguias são especialidade do Sado, cozinhá-las é especialidade da casa). Se o bicho não lhe agrada, escolha outro qualquer, dos choquinhos que chegam fritos ao porco servido com amêijoas à alentejana. São todos recomendáveis. Se exagerar na dose talvez consiga esbanjar uns 15€ por cabeça.

Para fazer

Podíamos dizer que o melhor para fazer na Casa das Cegonhas é não fazer nada, mas não fosse o leitor levar a mal, arranjámos algumas alternativas. Além do croquet, o turismo disponibiliza bicicletas para longos passeios pela Herdade de Porches. Os mais corajosos podem pedalar até á aldeia de Vale do Guizo e espreitar a pequena Igreja da Nossa Senhora do Monte. A Casa das Cegonhas tem ainda acordos com empresas de actividades nas redondezas: a Cavalos na Areia, por exemplo, organiza passeios matinais de cavalo pelas praias da Comporta.

Outros planos de fuga

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Em meia hora. Se tudo correr bem, não precisa de muito mais para chegar do centro de Lisboa ao Penha Longa Resort, em Sintra. E, no entanto, é como se tivesse chegado a um sítio bem mais longínquo. Se levar os miúdos atrelados, como recomendamos a quem os tenha, até os vai conseguir convencer de que chegaram “ao reino bué, bué longe” e a viagem nem custou assim tanto (ou nada). Esta referência ao Shrek não é por acaso: o ogre verde não anda por aqui, mas além de a paisagem bucólica enganar, há tanta coisa que as crianças podem fazer que rapidamente se vão sentir nas suas sete quintas (e os pais no paraíso).

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The House of Sandeman: o Porto à janela e o Douro aos pés
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À primeira vista, passa quase despercebido, ou não estivesse a marca Sandeman espalhada pelos muitos edifícios e esplanadas no Cais de Gaia, mas assim que damos com ele é inconfundível. O The House of Sandeman Hostel & Suites abriu no edifício que em tempos abrigou os escritórios desta marca histórica de vinho do Porto, mesmo por cima das caves que foram também alvo de uma remodelação, mas já lá vamos.

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Este texto vai ter de começar com uma lição de história. Não temos alternativa. O passado paira sobre o Convento da Sertã como se fizesse parte da atmosfera daquele lugar. Um microclima de histórias. Mas não se pense que estamos num sítio abafado – pelo contrário. Este é um hotel descontraído, moderno e extremamente funcional. Um dos melhores pontos a partir do qual se pode explorar o interior português. Mas já lá vamos. Agora está na altura da tal lição de História. 

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