DoubleTree BY HILTON LISBOA
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DoubleTree by Hilton: À sombra das árvores no Saldanha

O desenho da calçada artística portuguesa dá o mote. Finos troncos de bambu desenham o passeio de acesso ao hotel, num local onde funcionou em tempos a Metalúrgica Lisbonense.

Renata Lima Lobo
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Abre-se uma porta, um aroma florestal invade as narinas. Abre-se outra e entra-se num espaçoso lobby, cheio de puffs, troncos e indicações para as restantes valências deste design hotel.

A estrear está um caminho de acesso à nova ala que dá continuidade ao trabalho que o arquitecto Francisco Aires Mateus e a decoradora Nini Andrade da Silva desenvolveram em todo o hotel. A passagem é feita através de uma galeria de arte e depois da oferta de um clássico cookie americano de boas-vindas (de chocolate e nozes, uma delícia), o cliente é convidado a entrar no elevador, que só sairá do lugar se passar o cartão de acesso ao quarto. E por falar em quartos: o armário é tão grande que é possível passar aqui grandes temporadas sem ter de repetir conjuntos. Também quanto ao tamanho, destaque para o espelho principal que acumula funções como televisão. Descemos.

No Fontana Bar, além da carta de cocktails, há saladas, carpaccios, sopas ou mesmo
tagliatelle trufada com frango e amêndoas, uma receita do chef Franz Conde do Hilton
Amsterdam. No pátio exterior do bar há sofás altos de verga com almofadas cheirosas, mesmo ao lado de bambus e de uma cascata que percorre uma parede lateral. Tudo junto convida a uma sesta, mas é hora de jantar.

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Há dois restaurantes: o Bonsai, que serve pratos da cozinha japonesa contemporânea, e o mediterrânico Saldanha Mar, onde entrámos para provar a nova carta desenhada pela chef Paula Carção. E uma coisa ficou clara como um caldo: as doses são grandes como manda a tradição portuguesa. A apresentação faz mesmo essa homenagem com pratos servidos em tachos, como foi o caso de um generoso e apetecível arroz de peixe. A carta é pontuada com algumas opções italianas, como um penne al carbonara que confirmou a generosidade da cozinha em tudo o que vai para a mesa. E se as entradas dizem que é para partilhar, é porque é mesmo: é possível que fique semijantado com um crumble de ovos mexidos ou com uma dose de cogumelos salteados.

E chega o dia seguinte e é hora do pequeno-almoço. Chega também o aviso para o cliente mais sonolento: há um artista munido de viola, com um repertório que vai de Chris Isaak a Leonard Cohen, que promove a participação mesmo de quem ainda tem uma waffle quentinha na boca.

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