“Serenity” é a mensagem espalhada no Magic Spa depois de um dia de trabalho. Um serviço exclusivo que alivia tensões musculares, para uma viagem revigorante à base de hortelã-pimenta, eucalipto, rosmaninho e amêndoas doces. Durante uma hora de indulgência afaste cogitações de toda a espécie sobre políticas monetárias, supervisões comportamentais e regulação de mercados cambiais.
Lembre-se que do outro lado se espraia o Terreiro do Paço e o rio, esse Tejo que em 1775 galgou quase tudo o que havia para galgar num primeiro de Dezembro que foi o último para milhares de lisboetas. Ok, isso não ajuda a relaxar, mas é nesta mesma Praça do Comércio, nobre sala de visitas alfacinha e destacado elemento no plano de reconstrução do Marquês, que se ergue a Pousada de Lisboa, o seu refúgio perfeito. Só podia respirar-se pombalino nesta unidade Pestana, onde os corredores se enchem de estátuas cedidas pelo Museu da Cidade, de autores como Leopoldo de Almeida. Por aqui convivem Infante D. Henrique, a Culpa, o Anjo da Vitória e outros gessos patinados, ou a evocação dos míticos Painéis de São Vicente no ameno Pátio Amália, onde se serve o pequeno-almoço; e não há arte maior do que a da gula.