Hotel, Savoy Palace, Ilha da Madeira
©Facebook/Saloy PalaceSavoy Palace
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Savoy Palace: a Madeira tem um novo (e gigante) hotel de luxo

Tem 352 quartos, cinco restaurantes e um dos maiores spas do país. O novo Savoy Palace é tudo o que se espera de um hotel de cinco estrelas.

Cláudia Lima Carvalho
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À chegada, é difícil não soltar um “uau!”. O edifício imponente prende-nos a atenção de forma imediata, ao mesmo tempo que nos deixa de boca aberta. Ainda sem entrar, a experiência fica marcada, antevendo-se facilmente uma estadia sumptuosa. E não é para menos.

O novo Savoy Palace, em plena Avenida do Infante, a escassos metros a pé do centro e da marina do Funchal, é tudo o que se pode esperar de um hotel de cinco de estrelas com a dimensão que tem e acabado de abrir: um luxo sem tamanho, ou sem olhar a gastos. Mas que não descuida nunca o sítio onde está integrado. Em todos os detalhes, há uma preocupação por não chocar, um cuidado por, de alguma forma, contribuir para o bem da ilha, seja estando de portas abertas aos residentes mais curiosos, seja em jeito de homenagem à história da Madeira.

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Savoy Palace: conforto colossal

Não por acaso, a nova coqueluche da hotelaria na ilha – e em Portugal continental, de resto – tem uma história anterior à data da inauguração, por estes dias. Foi aqui que durante muito tempo esteve o Savoy Classic, construído em 1912 e procurado durante décadas pela aristocracia internacional. Desses tempos, restaram alguns objectos e mobiliário que Nini Andrade Silva, responsável pelo design de interiores do hotel, fez questão de manter. Mas não há coincidência na escolha da designer: com tanto trabalho que tem, Nini vive no mundo, mas é da Madeira que é. “Lembro-me tão bem do antigo Savoy, fecho os olhos e consigo imaginar”, diz.

A ideia para este edifício majestoso, do atelier RH+ Arquitectos, de 17 andares com 309 quartos e 43 suítes, das quais 14 pool suites, e duas suítes presidenciais com piscina, foi manter a memória do passado, sem deixar de olhar para o futuro. O Savoy Palace quer ser, na verdade, a escolha daqueles que procuram um hotel moderno e contemporâneo, mais descontraído do que formal. E isso nota-se à entrada, onde somos tratados com toda a atenção, mas sem exageros. A surpresa maior, porém, está nos quartos virados para o mar. Um azul sem fim e uma faixa de hotéis que o Savoy vai obrigar a modernizarem-se é a vista da varanda. Mas há mais: nem toda a beleza do mar nos consegue tirar os olhos da enorme piscina exterior em tons dourados, atravessada por uma ponte. Lá em baixo, há dezenas de espreguiçadeiras, algumas dentro de água. E do lado de lá da ponte, tanto há um carrinho que lhe pode servir um gin fresquinho, como um restaurante para refeições rápidas em fato de banho e ainda uma gelataria com gelados feitos no hotel.

Da piscina, ou do mar, se andar mais um bocadinho, o hotel é uma grande onda que não destoa na paisagem, para grande surpresa de muitos, devido às cores escuras e às plantas que pontuam todo o edifício – são mais de 23 mil metros quadrados de área ajardinada com 250 espécies de plantas.

O mais difícil, na verdade, vai ser conseguir sair do hotel, que tem ainda mais duas piscinas, estas infinitas (uma para hóspedes premium e outra aberta a todos). É também num destes topos que fica um dos restaurantes que o grupo espera que se afirme para lá do hotel – tem uma entrada própria e uma vista surpreendente. Chama-se Galáxia Skyfood e tem o chef Carlos Gonçalves, com provas dadas no Hotel Corinthia Lisbon Hotel e antes disso no Ritz Four Seasons, aos comandos. É dele a carta que serve à mesa “uma constelação de sabores de toda a parte do globo”, mas em especial da Madeira.

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  • Hotéis

Isto tudo e ainda nem falámos do spa, o Laurea Spa (uma homenagem à floresta Laurissilva), que entra provavelmente para a lista dos maiores do país. São 3100 metros quadrados que se vão descobrindo à medida que se vai andando, como se numa gruta estivéssemos, numa clara referência à geologia da ilha. Primeiro estão as 11 salas de tratamento, depois a sauna, o banho turco, a fonte do gelo, os chuveiros sensoriais, a piscina interior aquecida, a sala de haloterapia e a sala de relaxamento vão-se revelando. Depois disso, o quarto é o paraíso. Tal é o tamanho da cama e o conforto das almofadas.

Coisas para fazer na Madeira

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À primeira vista, combinam bebidas imisturáveis, a lembrar uma aula de físico-química na qual se põem à prova reagentes que podem explodir. Mas, na verdade, as combinações insólitas tornam-se bebidas obrigatórias de quem visita o arquipélago. Algumas misturam cerveja e vinho, noutras combina-se cerveja com chocolate em pó. Não faça esse esgar de insatisfação, nem negue à partida uma bebida que desconhece, aproveite para provar estes cocktails populares quando der um salto à ilha da Madeira.

  • Viagens
Cinco sítios para comer na ilha da Madeira
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A Madeira, além de ser um jardim à beira-mar plantado, é uma das regiões portuguesas mais ricas no que toca à variedade de coisas que se podem pôr no prato. A lista é longa: milho frito, peixe-espada (ou só espada como chamam os madeirenses), espetadas (em espeto de metal ou pau de louro), lapas, bolo do caco barrado em manteiga e alho, e um sem-fim de frutas a juntar aos ícones da ilha, a banana e o maracujá (não estranhe se encontrar pêra-meloa, banana-pêra ou maracujá-tomate à venda no Mercado dos Lavradores, no centro do Funchal). 

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  • Viagens

Quando as instruções do compositor são seguidas, a 8ª sinfonia de Mahler exige uma orquestra com cerca de 120 músicos, dois coros com um mínimo de 32 cantores cada, oito solistas vocais e um coro infantil. Chamam-lhe “sinfonia dos mil”. É mais ou menos o mesmo que sucede com o Belmond Reid’s Palace. No histórico hotel da Madeira, para que tudo corra em harmonia e a tempo, há centenas de pessoas que todos os dias seguem a mesma pauta. A diferença é que aqui apenas vemos os solistas e pouco mais, que o resto da orquestra toca nos bastidores e só se assoma à boca de cena se for chamada a isso. 

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