Foi com esta história que Ingrid Koeck, austríaca e uma das sócias do grupo Torel Boutiques, apresentou uma das doze suítes do novo Torel 1884, acabado de abrir na zona histórica do Porto, num palacete do século XIX (construído justamente em 1884) onde antes funcionou uma agência bancária. África, Américas e Ásia servem de inspiração a cada um dos três pisos do hotel, cuja entrada é também um convite a viajar no tempo e a conhecer as descobertas portuguesas ao longo da História e que agora identificam cada um dos quartos. Pássaros Exóticos, Tabaco, Café, Sedas, Porcelanas, Chá e Salomão, entre outros, relembram a época de ouro da grande epopeia com uma elegância exótica que se estende aos espaços comuns.
Mas antes, falemos do hall de entrada. Num cenário que podia ser a fazenda no Quénia que serve de cenário ao filme África Minha escondem-se, entre plantas tropicais, duas colecções de esculturas de cabeças humanas assinadas por João Pedro Rodrigues, que se enfrentam parede com parede numa representação algo filosófica sobre os mundos material e antimaterial. De um lado aquilo que vemos e de que dispomos, do outro tudo o que nos representa mas que não é palpável – com uma forte alusão às musas de Camões e à curiosidade e coragem femininas ao longo da História.