A primeira casa de artista da capital, Prémio Valmor em 1905, integrava-se no plano de crescimento da cidade de Lisboa. Foi um projecto do arquitecto Norte Júnior, mandado construir pelo pintor José Malhoa e destinado a servir de casa e ateliê. Em 1932, a “Casa-Malhoa” foi adquirida Anastácio Gonçalves (1889-1965), médico que ali viveu e organizou a sua colecção até ao ano da sua morte. O espaço abriu ao público em 1980 e merece visita pelas exposições regulares e pequenos concertos que acolhe.
Tenham ou não o termo "casa" no nome, estes museus têm em comum o facto de exibirem o acervo de antigos e ilustres inquilinos ou proprietários. Sejam de poetas, cantores, advogados, aristrocratas ou pintores, há muito para conhecer e aprender nestas verdadeiras casas abertas ao público. Pelo meio vai poder travar conhecimento com pérolas como a cómoda que fazia parte do quarto de Fernando Pessoa, a quase intocada casa de Amália Rodrigues, ou a morada de um decorador que privou não só com a fadista como também com Coco Chanel, Maria Callas, Truman Capote e Henry Kissinger.
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