“Autumn Leaves / Les Feuilles Mortes”, Édith Piaf (1950)
Esta não será grande segredo para ninguém, até porque Édith Piaf fez o favor de, logo em 1950, juntar as duas versões na mesma gravação. A canção foi composta por Joseph Kosma em 1945 e o título original, dado pelo texto em francês de Jacques Prévert, é “Les Feuilles Mortes”. Foi pensada para a banda sonora de Les Portes de la Nuit, filme sem grande memória realizado em 1946 por Michel Carné, e a primeira gravação em disco foi feita em 1950 por Yves Montand. Ainda na década de 50, faria sucesso nas vozes de Bing Crosby (1950), Nat King Cole (1955), Doris Day (1956) e Frank Sinatra (1957); e seria adoptada como tema instrumental por gente como Artie Shaw (1950), Stan Getz (1952), Erroll Garner e Ahmad Jamal (ambos em 1955), Duke Ellington (1957), e Cannonball Adderley com Miles Davis (1958).
Curiosidade: Philippe Baudoin, compositor e historiador do jazz, chama-lhe “o mais importante standard não-americano”. Baudoin é francês, é certo, mas apoia a afirmação em números: pelas suas contas, o tema foi gravado mais de 1400 vezes por artistas de jazz, o que faz dele o oitavo standard mais registado de sempre. Depois, há ainda que somar largas centenas de versões pop-rock.