Metronomy
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Metronomy: o disco em que Joe Mount se imaginou como duas pessoas

“Metronomy Forever”, o sexto disco dos britânicos, chegou nesta sexta-feira aos ouvidos. Falámos com Joe Mount sobre o que esperar.

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Apareceram num sonho almofadado entre a indie pop, a new wave e a electrónica. Treze anos depois, são uma fantasia adolescente amadurecida. Falámos com o cérebro dos Metronomy, Joseph Mount, para discutir a vida e o novo disco, que sai esta sexta-feira. E perceber que a música dos britânicos cabe em muito mais do que um para sempre.

Há menos algodão doce nas entrelinhas mas a música ainda respira frescura. Mesmo que a incursão ao existencialismo apareça em rendilhados subtis nas faixas, o pé bate e os ouvidos apontam-se. Metronomy Forever, título do novo álbum da banda que nos deu “The Look”, não é só uma frase que pode ocupar paredes, não é um grito pós-pubscente à entrada de um concerto, ou durante um concerto, ou após um concerto. Bem vistas as coisas, Metronomy Forever não é intencional como celebração pública, não é pretensioso. É afirmação interna, uma dose bem medida de ingenuidade contida em 17 faixas que nos quer dar a conhecer uma outra etapa. Ao sexto trabalho, a dinâmica afinou-se de forma diferente e, mesmo com recortes do passado, a intenção era clara: que a música, bem trabalhada, chegasse. 

Passaram-se três anos desde Summer 08, e Joseph – ou Joe – Mount desmontou a inércia com créditos em trabalhos de Robyn ou Jessie Ware aplaudidos pela crítica. A aventura na produção influenciou de forma decisiva o processo criativo deste novo disco dos Metronomy, diz. “Ser um produtor, ser a pessoa que diz a alguém que está bom ou que deve fazer as coisas de outra forma, cria um diálogo interno”, e ele percorreu-o. “O que acho que correu bem neste disco foi ter o Joe produtor a dizer ao Joe músico ‘isto é bom’, enquanto que antes isso não aconteceu. Ou seja, quando estou a produzir alguém sou produtor e quando estou a fazer a minha música, sou músico. E neste disco foi a primeira vez que imaginei que era duas pessoas. O que aprendi com isto foi que sou diferente quando trabalho com alguém e quando trabalho a minha música. Tento motivar-me.”

É tudo isto que ainda o entusiasma, tantos anos depois. O processo, o prazer que tira da música, da criação. “Percebi que aquilo que adoro é tocar. Tocar, escrever, estar com pessoas”, e ainda que este ‘para sempre’ não seja necessariamente biográfico, é o reflexo de todas as vicissitudes que o trouxeram ao presente. “Não estou a tentar dizer algo superimportante, mas é muito sobre mim a perceber a pessoa que sou nesta altura. Que é uma coisa que as pessoas deviam apreciar.”

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Crítica: Metronomy

"Metronomy Forever" (Caroline)

★★★☆

Quem consegue chegar ao fim deste Verão sem provar um gelado de caramelo salgado? Até os supermercados low cost os têm. Um sabor de Verão preservado para a eternidade, em mais uma daquelas canções muito bem dispostas dos Metronomy, um cruzamento de Bee Gees, da era do disco-sound, com os Pet Shop Boys (ou será Kraftwerk?). Joseph Mount continua a escrever canções que tanto dão para as pistas de dança, como para os mais cool sunsets – sim, esta música é Verão puro – de estrutura basicamente funk, cobertura essencialmente electrónica, com uns riffs de guitarra que sabem tão bem como os toppings. Esse registo, também em “Lately” ou “Insecurity”, tem neste sexto disco da banda um contraponto talvez demasiado expressivo em temas mais experimentais (“Forever is a Long Time” e “Miracle Rooftop”), que funcionam como espaço de respiração, mas que não deixam de ser uns baldes de água fria que por aqui vão aparecendo. Manuel Morgado

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