A temporada 2019/20 da Fundação Gulbenkian é marcada por três efemérides – os 150 anos do nascimento de Calouste Gulbenkian, os 250 anos do nascimento de Ludwig van Beethoven e os 50 anos de Michel Corboz à frente do Coro Gulbenkian – e por um regresso – o de Maria João Pires, com três recitais, em piano solo, em piano a quatro mãos e num programa de canções arménias.
A próxima temporada lírica do teatro nacional de São Carlos assenta em obras “canónicas” do repertório oitocentista: La Forza del Destino, de Verdi, A Valquíria, de Wagner, Le Comte Ory, de Rossini, Maria Stuarda, de Donizetti e La Bohème, de Puccini, que esteve programada para a temporada 2018/19 mas foi cancelada. A ópera barroca continua arredada do nosso teatro nacional, embora os apreciadores da ópera anterior a 1800 possam encontrar consolo no Orfeo ed Euridice, de Gluck, obra-charneira que marca o início do Classicismo (mas que será apresentada em versão de concerto). A “ave rara” no programa é a Trilogia das Barcas, de Joly Braga Santos, a partir de Gil Vicente, estreada há meio século e que pouco tem sido ouvida e vista desde então.
Na temporada sinfónica, Mahler tem lugar de destaque, com as Sinfonias n.º 4 e 9 e a sinfonia-que-finge-não-o-ser Das Lied von der Erde. E um pouco antes do Natal, ouvir-se-á a mais famosa oratória barroca, o Messiah, de Handel.
Nota: a orquestra é sempre a Sinfónica Portuguesa e, salvo indicação em contrário, os espectáculos têm lugar no Teatro Nacional de São Carlos.
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