“Flowers Never Bend with the Rainfall”, de Simon & Garfunkel
Ano: 1966
A época do Flower Power não teve álbum mais perfumado do que o terceiro do duo Simon & Garfunkel: em Parsley, Sage, Rosemary & Thyme há salsa, sálvia, alecrim e tomilho. E também esta canção, que começou por fazer parte do primeiro álbum a solo de Simon, o pouco conhecido The Paul Simon Songbook (1965), e que o músico recuperou para o disco em duo do ano seguinte.
“Flowers Never Bend with the Rainfall” é das canções menos conhecidas de Parsley, Sage, Rosemary & Thyme, mas é uma das mais belas do duo e é também um modelo de concisão – dura pouco mais de dois minutos.
A persona que canta tem dificuldade em distinguir a realidade da fantasia, não sabe se a imagem que o espelho reflecte é a sua e vê a alegria e o pesar separados por uma linha ténue – e, assim, decide escolher a ilusão: “Continuarei a fazer de conta/ Que a minha vida nunca acabará/ E que as flores nunca se vergam/ Sob a chuva”.